A Assembléia Legislativa que já está assumindo as discussões sobre a retomada de obras da Hidrovia Paraguai-Paraná, a partir da cidade de Cáceres, também acompanha o Governo de Mato Grosso nas diversas atividades que vem liderando para intensificar cada vez mais o comércio intra-regional de Mato Grosso com Bolívia, Peru, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Os deputados entendem que, além de uma maior aproximação comercial com os países andinos, com o aumento na década de 90 da produção de soja no Centro-Oeste se tornou necessário um maior estudo sobre a Hidrovia Paraguai-Paraná, como a opção mais barata de transporte na região.

No entanto, a maioria do Parlamento não perde de vista o embate dos defensores da hidrovia com os ambientalistas que são receosos quanto ao impacto que o tráfego pesado de embarcações pode trazer de prejudicial a um dos ecossistemas mais bonitos do planeta. Eles concordam com os cientistas quando alegam que os estudos têm de ser bem feitos, para não quebrar esse sistema delicado que é o Pantanal.

Os coordenadores das ações da "Carta de Cuiabá", que participaram no início deste mês de março do seminário que reuniões representantes de sete países do Cone Sul e manifestaram a posição em relação à importância da viabilização plena da rodovia que possibilitará o desenvolvimento sustentável do eixo Cuiabá – Portos do Sul do Peru e Norte do Chile e da hidrovia Cáceres – Buenos Aires, segundo eles eixo natural de integração de cinco países, vão realizar eventos para atualizar informações de infra-estrutura e estimular o comércio.

Na lista de programações estão as visitas aos portos da Hidrovia Paraguai-Paraná e a rodada de negócios na 4ª Agrishow Cerrado, em Rondonópolis, a ser realizada de 19 a 23 de abril.

Essas visitas, segundo informações do Governo do Estado, “terão a finalidade de aprofundar os encaminhamentos que precisam ser tirados para a implementação da hidrovia”.

Além da visita aos portos, o cronograma de ações para a hidrovia envolve ainda a realização de um seminário, em Cáceres, em data a ser definida. "Vamos discutir logística, área de influência, detalhar que tipo de ação precisa ser feito no âmbito da hidrovia", avalia o secretário de Estado de Projetos Estratégicos, Clóves Vettorato.

POLÍTICA COMUM -A "Carta de Cuiabá" é uma lista de nove compromissos para facilitar o comércio e a cultura de Mato Grosso com Bolívia, Peru, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. O documento foi formatado durante o Seminário Internacional de Infra-estrutura Multimodal, realizado no início deste mês, em Cuiabá.

Entre os pontos a serem perseguidos como política comum dos países signatários da carta está a ação conjunta dos governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em parceria com a Frente Parlamentar das Hidrovias da Câmara dos Deputados e com o Ministério dos Transportes para priorizar a Hidrovia Paraguai-Paraná num contexto de transporte intermodal no Cone Sul da América do Sul. A hidrovia tem 3.442 Km e é o caminho natural de integração do Mercosul.

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