Sexta-feira, 27 de junho de 2003 17h48
OS 17 MUNICíPIOS QUE ESTãO NA FAIXA DE FRONTEIRA SECA QUE SEPARA MATO GROSSO DA BOLíVIA COMEçARAM A SENTIR OS SINAIS DE SEGURANçA NA REGIãO. ESSE SENTIMENTO FOI REVELADO NA AUDIêNCIA PúBLICA DE QUINTA-FEIRA (26), à NOITE, EM PONTES E LACERDA, SOLICITADA PELO PRESIDENTE DA COMISSãO DE SEGURANçA DA ASSEMBLéIA LEGISLATIVA, DEPUTADO JOSé CARLOS DO PáTIO (PMDB)...
Melhora segurança <br>na fronteira Brasil-Bolívia
Ação da polícia na faixa de divisa foi considerada “artesanal”. Ela também é dificultada pela agressividade da topografia da região
FERNANDO LEAL / SECRETARIA DE IMPRENSA
O principal responsável pelo surgimento de mudanças para melhor, segundo eles, foi a entrada em operação do Grupamento de Fronteira. Com uma estrutura ainda em fase de montagem, o Gefron é o principal instrumento criado dentro do Projeto de Segurança Integrada na Região da Fronteira Oeste do País para atender o primeiro dos 25 compromissos do Governo Federal - o fortalecimento dos Estados em suas áreas fronteiriças.
Essas informações foram passadas pelo coordenador do grupamento, coronel PM Leovaldo Salles, aos deputados José Carlos do Pátio (PMDB) - presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa e que pediu a realização da audiência - e Mauro Savi (PSB), vice-presidente do Legislativo.
Sales disse que o Gefron nasceu com a necessidade de se tirar de Mato Grosso o estigma de que a região de fronteira é a mais violenta do Estado. O grupo que ele coordena, no entanto, deverá ser a peça estratégica para se melhorar a prática da segurança pública na faixa de divisa, considerada “artesanal” por ele e dificultada pela agressividade da topografia da região.
“O Gefron vem para auxiliar uma estrutura de segurança pública instalada na região de fronteira mas que funciona precariamente, e vai atuar em todos os casos de ilícito penal”, salientou o coronel.
De acordo com Zé Carlos do Pátio e de um grande número de participantes da audiência, as ações do grupamento já estão sendo alvo de vários elogios. “Ele surge num momento em que a fragilidade da nossa segurança tornou vulnerável praticamente todos os nossos municípios, principalmente aqueles que são estratégicos por estarem na imensa faixa de fronteira com a Bolívia”, disse o parlamentar.
A “cruzada” e os municípíos
Também presidente da Comissão de Direitos Humanos do Legislativo mato-grossense, Mauro Savi elogiou a atuação do secretário de Justiça e Segurança Pública, promotor Célio Wilson, e do governo estadual, e exortou o apoio de todos.
“O Gefron está na região de fronteira em uma missão especial e a Secretaria de Segurança, com o doutor Célio, tem dado todo o apoio. Por sua vez, o Governo Blairo Maggi tem se revelado uma grata surpresa para nós. Precisamos nos manter unidos nessa cruzada de segurança apoiando essas medidas importantes para a vida da nossa sociedade”, disse Savi.
O deputado lembrou que, junto com Pátio, não estava na coligação partidária que elegeu Maggi, mas que apesar disso ambos não deixam de dar suporte ao governador no que é preciso para contribuir para o desenvolvimento do Estado.
A atuação do Grupamento Especial está concentrada em uma área de 150 quilômetros de extensão para dentro de Mato Grosso, a partir da linha de fronteira com a Bolívia. Nessa região, além de Pontes e Lacerda, estão Comodoro (677 quilômetros de Cuiabá) e Campos de Júlio (692kms) - ambos do Norte.
Da região Centro Sul, os municípios de Curvelândia (311kms) e Cáceres (250kms); e do Sudoeste: Nova Lacerda (667kms), Conquista D’Oeste (571kms), Vila Bela da Santíssima Trindade (562kms), Figueirópolis D’Oeste (402kms), Porto Esperidião (358kms), Glória D’Oeste (304kms), Reserva do Cabaçal (412kms), Indiavaí (398kms), Salto do Céu (383kms), Rio Branco (367kms), Araputanga (371kms) e Lambari D’Oeste (327kms).
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