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Sexta-feira, 11 de agosto de 2006 15h23


A CâMARA SETORIAL TEMáTICA DE APROVEITAMENTO DE RESíDUOS VEGETAIS SE REUNIU NESSA SEXTA-FEIRA (11/08) PELA TERCEIRA VEZ PARA OUVIR UMA PALESTRA SOBRE OS “DADOS DOS RESíDUOS FLORESTAIS DE MATO GROSSO E ESTIMATIVAS DO SINDICATO DAS INDúSTRIAS DE LAMINADOS E COMPENSADOS (SINDILAN) COM BASE EM DADOS DA SEMA...

Membros da CST participam de palestra

Palestra abordou os “Dados dos resíduos florestais de Mato Grosso e estimativas do Sindicato das Indústrias de Laminados e Compensados (Sindilan) com base em dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema)”

VALÉRIA CRISTINA / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



A Câmara Setorial Temática de Aproveitamento de Resíduos Vegetais se reuniu nessa sexta-feira (11/08) pela terceira vez para ouvir uma palestra sobre os “Dados dos resíduos florestais de Mato Grosso e estimativas do Sindicato das Indústrias de Laminados e Compensados (Sindilan) com base em dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema)”. O palestrante foi o engenheiro florestal Júlio César Bachega, do Sindilan. Os dados repassados pelo engenheiro se referem a um período de quadro meses entre fevereiro e junho deste ano.

Os números da Sema mostram que apenas 21% do resíduo vegetal produzido em Mato Grosso é aproveitado hoje, sendo 10% para geração de energia em consumo próprio dos industriais e 11% para comercialização. Todos os 79% restantes ficam parados nos pátios das indústrias, em depósitos, ou vão para o lixo, o que acaba se transformando em um outro problema.

Esses resíduos vegetais podem ser utilizados principalmente como fonte para geração de energia térmica ou para conversão em biomassa e utilização para geração de energia elétrica. Também podem ser transformados em novos produtos de madeira. Mas tudo isso precisa de incentivos, pesquisa e ações do poder público.

Segundo o engenheiro do Sindilan, se o Estado tivesse mais termoelétricas com consumo de biomassa os resíduos poderiam ser aproveitados em Mato Grosso mesmo. Outra opção seria vender o produto para termoelétricas fora do Estado. Nesse caso, porém, Bachega cita o estrangulamento causado pela alta taxação fiscal. Então, a situação é a falta de alternativa para o aproveitamento dos resíduos.

A primeira ação que o Estado está desenvolvendo no sentido de buscar uma solução para a questão é controlar totalmente o setor florestal. “Tudo está sendo ajustado e quando estiver em pleno funcionamento vamos saber ao certo o que é produzido em Mato Grosso em termos de produto e o que há em resíduos”, explica Bachega, citando que este é o primeiro passo.

O engenheiro ressalta que a CST em andamento na Assembléia Legislativa vai ajudar muito na busca de formas de aproveitamento dos resíduos vegetais. Isto porque são necessários incentivos financeiros do governo para pesquisa, implantação de tecnologia, além de incentivos fiscais e leis que regulamentem a área. E tudo isso passa necessariamente pelo Poder Legislativo.

Conforme Bachega, Mato Grosso tem atualmente 1,2 mil indústrias de base florestal transportando e comercializando 350 milhões de produtos por ano.

A Câmara Setorial Temática de Aproveitamento de Resíduos Vegetais foi instalada com o objetivo de analisar, discutir e sugerir ações para elaboração de uma Política Estadual de Aproveitamento de Resíduos Vegetais. Ela é presidida por José Lacerda e tem como participantes representantes da Sema, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder), do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e do setor madeireiro.

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