O deputado Moacir Pires, PFL, teceu duras críticas as corrupções do governo Dante de Oliveira, “corrupções que precisam ser denunciadas”. Ele exemplificou suas denúncias com o ato de entrega de ambulâncias feita duas vezes com o mesmo veículo, uma pelo governador outra pelo deputado da região, prática desrespeitosa de tapear o povo. “O governo inaugurou a Polícia Comunitária do bairro Pedra 90 e os mesmos veículos que serviriam aquela população foram levados para outros bairros e, assim de bairro em bairro, consegue enganar a população, isso é uma bandalheira”, disse o parlamentar declarando que está até pensando em abandonar a carreira política em virtude de constatar tantas corrupções.

A preocupação do deputado vai mais além, ele entende que isso é um péssimo exemplo para a juventude que acompanha todas as ações políticas e serão os futuros políticos desse país, “ninguém fica alheio ao que acontece no parlamento de Mato Grosso, hoje são muitos os recursos à disposição dos jovens, rádio, TV, internet, jornais, enfim a mídia está aí a serviço da informação”. Moacir Pires criticou os arranjos que são feitos mas obras públicas. A construção de quadras de esporte, por exemplo, com um determinado valor quando na realidade o custo declarado é outro, bem como a distribuição dos recursos do Padic, que entende não estar alcançando de fato, os pequenos produtores, “no total, são R$ 253 milhões mal-aproveitados”.

O líder do PSDB,, deputado Chico Daltro, discordou da opinião de Moacir Pires, afirmando que os recursos do Padic são repassados às associações de pequenos agricultores para que eles façam as aplicações nas benfeitorias que acharem necessárias, tais como construção de poços artesianos, compras de sementes, calcários, entre outros. “Atacar o Padic é injusto. Se um ou outro agricultor não aplicou o recurso corretamente isso não pode ser generalizado”, defendeu Daltro. Ele relembrou também a deplorável situação do asfalto da Rodovia Emanuel Pinheiro que foi inaugurada há dois meses e já está danificado, “com certeza os recursos destinados a essa obra não foram aplicados na sua totalidade, caso contrário, eles foram insuficientes”.

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