Na semana do aniversário de Várzea Grande, a cidade perdeu uma pessoa que representa um pedaço importante de sua história: a senhora Ana Izabel Moreira da Silva, nascida em Nossa Senhora do Livramento em 4 de junho de 1921, filha de Manoel Lino Moreira e Ana Luisa Moreira.

Manoel Lino era descendente de quilombola, foi delegado de Nossa Senhora do Livramento e participou ativamente em favor da consolidação da Dança do Congo (cultura tradicional da cidade) e também foi coordenador da festa de São Benedito. Ao sair de Livramento, veio para o Capão de Negro (hoje Cristo Rei), onde foi delegado por vários anos, colaborou para o crescimento da localidade, principalmente na construção da primeira Igreja do Cristo Rei.

Ana Izabel casou-se com Apolônio Frutuoso da Silva (comerciante) e teve sete filhos: Maria Joana (falecida), Joana Maria, Apolônio, Arlete, Manoel, Aidir e Mário, todos funcionários e ex-funcionários municipal, estadual e federal. Ana Izabel teve treze netos e quinze bisnetos.

Seu esposo, Apolônio Frutuoso da Silva herdou dos pais o desejo de preservar as culturas regionais como a Festa de São João Batista. Com a morte do marido, Ana Izabel deu continuidade aos festejos que perduram há mais de cem anos. Seus filhos darão continuidade à essa tradição revivida todos os anos na antiga Alameda do Saladeiro, hoje Alameda Júlio Muller, em Várzea Grande.

A família recebeu várias homenagens, entre as quais os nomes de ruas e escolas como Rua Manoel Lino Moreira, Travessa do Lúcio Frutuoso, Escola Municipal de 1° grau Apolônio Frutuoso da Silva e Escola de 1° grau Municipal Maria Joana da Silva Almeida (Cristo Rei).

"Uma família que durante toda a vida soube conquistar amigos e colaborar para o bem-estar social e para a valorização cultural das comunidades de Várzea Grande e Nossa Senhora do Livramento merece todo apreço e consideração", disse o deputado Ságuas Moraes, proponente da Moção.

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