Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Quinta-feira, 15 de julho de 2004 16h29


A MESA DIRETORA DA ASSEMBLéIA LEGISLATIVA LANçA EM AGOSTO, O LIVRO “AMAZôNIA - DAS AMEAçAS à OCUPAçãO DO CERRADO”, O TERCEIRO DA SéRIE “DESENVOLVIMENTO SóCIO-ECONôMICO”. NA OCASIãO, ESTARãO PRESENTES EM MATO GROSSO, O GENERAL LUIZ GONZAGA SCHROEDER LESSA, O EX-GOVERNADOR DA AMAZôNIA, SENADOR GILBERTO MESTRINHO E O EX-MINISTRO JARBAS PASSARINHO...

Novo livro fomenta discussão sobre a Amazônia

O livro “Amazônia - Das Ameaças históricas à ocupação do Cerrado”, é o terceiro da série “Desenvolvimento Sócio-econômico”

ANDRÉIA FONTES / ASSESSORIA DE IMPRENSA



A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa lança em agosto, o livro “Amazônia - Das Ameaças à ocupação do Cerrado”, o terceiro da série “Desenvolvimento Sócio-Econômico”. Na ocasião, estarão presentes em Mato Grosso, o general Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, o ex-governador da Amazônia, senador Gilberto Mestrinho e o ex-ministro Jarbas Passarinho.

“O objetivo desta obra é motivar o meio acadêmico a aprofundar esta discussão e que os governos federal, estadual mato-grossense e dos Estados do Centro Oeste e da Amazônia se articulem pela integração. E que os parlamentos regionais se articulem como canal de voz, todos na direção da consolidação da soberania brasileira na sua histórica Amazônia”, ressalta o presidente do Poder Legislativo, deputado José Riva (PTB).

O livro apresenta, segundo ressalta um dos coordenadores da obra, o economista Maurício Munhoz Ferraz, o histórico dos movimentos que ameaçaram a soberania da Amazônia, o histórico das ações e aborda toda a questão da Amazônia mato-grossense, mostrando o processo de colonização, desde o extrativismo até agora, com a entrada da soja na região.

“O livro mostra desde o potencial de riquezas como o subsolo e as plantas medicinais, até a expansão da fronteira agrícola. O cerrado está sendo destruído pela Amazônia”, acrescenta.

O foco principal do trabalho é mostrar a Amazônia e contextualizá-la em três momentos. O primeiro nos períodos colonial e republicano, quando ocorreram as primeiras ameaças e se optou por impor na Amazônia a soberania brasileira via concessões comercial e de navegação ao Barão de Mauá.

O segundo foco é a partir de 1970, quando o governo brasileiro percebeu a urgente necessidade de ocupar demograficamente a região pela mesma razão de firmar a sua soberania. Aproveitando o momento em que ocorriam tensões sociais no Sul e no Sudeste brasileiros, o governo associou-as à questão da soberania e estabeleceu a política de “Integrar para não entregar”. Começou, então, efetivamente a colonização da Amazônia.

O terceiro ponto é que passados 34 anos, a colonização já se consolidou em um movimento de ocupação dos cerrados do Centro-Oeste, conforme a estratégia estabelecida. Chega ao fim o processo de ocupação da Amazônia e se inicia a entrada na Amazônia.

Mato Grosso, por exemplo, em 1980, possuía 52 municípios, dos quais apenas oito (14%) na Amazônia. Em 2000, dos 139 municípios, 50 estavam naquela região, ou seja, 35%. A percepção é de que em 20 anos o crescimento populacional do Estado vem dirigindo-se para o espaço amazônico.

O Estado era identificado, até 1970, com os biomas pantanal e cerrado. Era do Pantanal que vinha a principal força econômica do Estado, a pecuária. Entretanto, após a incorporação da Amazônia, pelo extrativismo, e do Cerrado, pela agricultura, o Pantanal ficou para trás.

“Cada vez mais o destino de Mato Groso é o norte. Mas é preciso se ater para o fato de que quando se fala em Nortão, fala-se em cooperação amazônica em toda a sua complexidade”, acrescenta o deputado Riva.

A Amazônia

Nove países da América do Sul compõem a Amazônia, sendo Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana Francesa, Suriname e República da Guiana. São aproximadamente sete milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 40% da América do Sul, com 16% dos recursos de água doce do planeta. É, também, o maior banco genético do mundo, com recursos minerais grandiosos e pouco explorados, assim como arqueológico, paisagísticos entre outros.

Fazem parte da Amazônia brasileira os Estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins e parte do Maranhão e de Mato Grosso.

Na Amazônia está a maior fronteira terrestre, de 11,2 mil quilômetros, e a oceânica, de 1,6 mil quilômetros quadrados. Sua rede navegável atinge 23 mil Km de vias. Na Amazônia brasileira vivem aproximadamente 18 milhões de pessoas e nela concentra-se 45% da população indígena brasileira.

“Muitas pessoas não têm noção do que é a Amazônia, da sua dimensão. Com este novo livro da Mesa Diretora, esperamos fomentar as discussões em torno deste potencial, das ameaças à soberania que continuam reais. Mesmo com todas as facilidades de penetração do capital externo ba Amazônia, ela continua sendo uma ameaça que só pode ser minimizada com a presença física de brasileiros e do Estado brasileiro”, finaliza Riva.

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