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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Segunda-feira, 13 de agosto de 2007 16h57


MATO GROSSO PODE AUMENTAR A SUA PRODUçãO AGRíCOLA E PECUáRIA SEM AVANçAR UM CENTíMETRO A MAIS EM SUAS MATAS. A AFIRMAçãO é DO DEPUTADO ESTADUAL OTAVIANO PIVETTA (PDT), QUE DURANTE A AUDIêNCIA PúBLICA QUE DEBATEU A VIABILIDADE DA IMPLANTAçãO DA HIDROVIA “TELES PIRES-TAPAJóS” – OCORRIDA EM ALTA FLORESTA NO SáBADO (11) - DEFENDEU A PRESERVAçãO DO MEIO AMBIENTE E O CONVíVIO PACíFICO COM A NATUREZA. “É INEGáVEL A DEGRADAçãO DO MEIO AMBIENTE. ANTES, A PREOCUPAçãO ERA DESBRAVAR, ISSO Há MAIS DE 35 ANOS. DESTRUíRAM AS MATAS CILIARES, AS NASCENTES DOS RIOS. MAS AGORA Já TEMOS A

Otaviano: produção não precisa avançar sobre matas

Para o deputado, Mato Grosso pode aumentar a sua produção agrícola e pecuária sem avançar um centímetro a mais em suas matas

SORAIA FERREIRA / ASSESSORIA DE GABINETE



Mato Grosso pode aumentar a sua produção agrícola e pecuária sem avançar um centímetro a mais em suas matas. A afirmação é do deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT), que durante a audiência pública que debateu a viabilidade da implantação da hidrovia “Teles Pires-Tapajós” – ocorrida em Alta Floresta no sábado (11) - defendeu a preservação do meio ambiente e o convívio pacífico com a natureza.

  “É inegável a degradação do meio ambiente. Antes, a preocupação era desbravar, isso há mais de 35 anos. Destruíram as matas ciliares, as nascentes dos rios. Mas agora já temos a consciência de explorar os nossos recursos em benefício da vida”, afirmou o deputado.

  Para ele, a região da área de influência da hidrovia – 37 municípios do Noroeste e Norte de Mato Grosso - tem potencial e vocação produtiva e que pode ser desenvolvida sem atingir a natureza. “Temos mais de 8 milhões de hectares ociosos e sub-utilizados em todo o estado. Essa região, que tem grande potencial econômico, pode agora ser impulsionada com a implantação da hidrovia, utilizando-se apenas as áreas já abertas”.

  A hidrovia agiria como uma artéria social, que levaria o desenvolvimento sustentável à região Noroeste e Norte de Mato Grosso. “A hidrovia acende a chama do desenvolvimento: traz crescimento econômico, geração de emprego e renda, organização social e, conseqüentemente, a melhoria de serviços como Saúde, Segurança e Educação“.

  Os impactos que a implantação da hidrovia causaria para o meio ambiente são, de acordo com Otaviano, estruturalmente mais positivos que o transporte rodoviário. Enquanto um comboio hidroviário emite 200% menos gás poluente na atmosfera; carrega o equivalente a cerca de 240 caminhões; usa 10% da energia que seria gasta com esses caminhões; e economiza gasolina. Além disso, a manutenção das rodovias é oito vezes mais cara das hidrovias e o número de acidentes nas estradas é 2.500% maior do que nas hidrovias.  

“Ao construir essa hidrovia, vamos satisfazer todos os aspectos legais ambientais; a legislação é rigorosa e vamos cumpri-la. Não queremos confronto com organismos de defesa da natureza e nem desrespeitar os índios. O que queremos é libertar essa região e dar uma oportunidade para que a sociedade possa sonhar e planejar o futuro”, disse Otaviano.

  O deputado propôs um pacto para a manutenção e preservação inteligente do meio ambiente, com vistas ao desenvolvimento sustentável. Os estudos iniciais para a implantação da hidrovia, de 1997, dão conta de que seriam necessários US$ 250 milhões para a sua implantação. Do  projeto constam algumas alterações na ligação dos rios Teles Pires (a partir de Cachoeira Rasteira/MT) e Tapajós (Santarém/PA), abrindo assim uma via rápida para o escoamento da produção até o Oceano Pacífico.

  Da audiência pública de Alta Floresta saiu a “Carta de Apoio ao Teles Pires–Tapajós”, assinada pelos presentes, cerca de 500 pessoas, e que será encaminhada para o Ministério dos Transportes. Os estudos para a implantação da hidrovia foram liberados e, por indicação do senador Flexa Ribeiro, ela foi incluída na relação descritiva do Sistema Hidroviário Nacional, do Plano Nacional de Viação. Com a inclusão, a hidrovia se tornou prioritária para a União no desenvolvimento da infra-estrutura viária do Brasil.

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