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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Terça-feira, 8 de junho de 2004 17h27


CERCA DE 40 PACIENTES PORTADORES DE DOENçAS CRôNICAS RENAIS E TRANSPLANTADOS NOMEARAM UMA COMISSãO ORGANIZADORA DA ELEIçãO DA NOVA DIRETORIA DA ASSOCIAçãO DAS PESSOAS PORTADORAS DE DOENçAS RENAIS CRôNICAS E TRANSPLANTADOS...

Pacientes renais cobram respeito do poder público

Objetivo é obter respaldo nas reivindicações dos pacientes e transplantados renais

ITIMARA FIGUEIREDO / SECRETARIA DE IMPRENSA



Cerca de 40 pacientes portadores de doenças crônicas renais e transplantados nomearam uma comissão organizadora da eleição da nova diretoria da Associação das Pessoas Portadoras de Doenças Renais Crônicas e Transplantados.

Objetivo é fortalecer a entidade e obter respaldo junto ao Poder Público para reivindicar melhorias nos serviços médicos que recebem.

Conforme o presidente em exercício, Gelson Pires de Camargo, que também aguarda na fila de espera pela doação de rins, além da nomeação dos representantes da associação, os pacientes querem pressionar o governo do Estado a promover o transplante de cadáver em Mato Grosso.

Camargo informou que desde fevereiro esse tipo de transplante, que era realizada no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, deixou de ser praticado por falta de pagamento do Sistema Único de Saúde (SUS) ao hospital.

Além disso, a equipe médica do Estado que realizava os transplantes de cadáver foi exonerada pelo Executivo. Atualmente, apenas os transplantes de rins intervivos estão sendo realizados por médicos da Amecor. “Com isso, os órgãos de cadáver de Mato Grosso são removidos para outros estados. E, nós que aguardamos na fila, perdemos a oportunidade de receber o órgão”, lamentou Camargo.

De acordo com a paciente Tânia Ohana, o Hospital do Câncer possui estrutura necessária para realizar esse tipo de serviço. No total, cerca de 650 pacientes dependem do tratamento de hemodiálise, sendo que aproximadamente 300 deles estão Cuiabá.

Outra questão discutida também foi o fornecimento dos remédios necessários para o paciente renal. Ohana disse que a dificuldade é muito grande em relação ao acesso desses medicamentos. “O complexo B e a Vitamina C são remédios fundamentais ao paciente hemofílico e as clínicas que fazem a hemodiáse encontram dificuldades para manter os remédios à disposição do paciente”, afirmou.

A reunião contou com a participação de pacientes da capital e também do interior. Em 2003, conforme Ohana, o Estado realizou apenas cerca de 10 transplantes. Em média, o doente crônico precisa fazer três sessões de hemodiálise por semana. Chegando a custar cerca de U$$ 60 por cada sessão. Após a criação da Comissão Provisória Eleitoral, a eleição para escolha da nova diretoria deverá acontecer em 90 dias.

“Vamos reivindicar aos órgãos competentes o acompanhamento do paciente transplantado, maior agilidade na realização de transplantes, inclusive, os de cadáveres, melhor distribuição de medicamentos das redes municipal e estadual, bem como a viabilidade de informações aos pacientes”, destacou Tânia Ohana, ao explicar que os pacientes não têm acesso às informações sobre os seus direitos durante o tratamento.

Confira os membros:

Presidente, Tânia Ohana; secretário, Antonio Cordeiro; tesoureiro, Renato Gilberto Nascimento. Para Conselheiros foram escolhidos Jurandir Cardoso, Gelson Pires de Camargo, Gonçalo Ivair Gonçalves, Camerino Bispo de Oliveira, Francisco de Oliveira Ribeiro, Grimaldina da Silva Barreto, Romildo Marcondes Ferreira, Romilson César da Silva.

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