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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quarta-feira, 13 de setembro de 2006 14h38


UMA PALESTRA SOBRE AGROTóXICO, PROMOVIDA PELA CâMARA SETORIAL TEMáTICA (CST) DEBATEU OS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DOS PRODUTOS QUíMICOS NAS LAVOURAS MATO-GROSSENSES. PARTICIPARAM DO EVENTO, REPRESENTANTES DE óRGãOS MUNICIPAIS, ESTADUAIS E FEDERAIS...

Palestra da CST debate agrotóxico no Estado

Aspectos positivos e negativos foram mostrados, e ainda dados sobre o alto consumo em Mato Grosso

JOSÉ LUIS LARANJA / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Uma palestra sobre agrotóxico, promovida pela Câmara Setorial Temática (CST) debateu os pontos positivos e negativos dos produtos químicos nas lavouras mato-grossenses. Participaram do evento, representantes de órgãos municipais, estaduais e federais. Durante a palestra foram mostrados dados referente ao inseticida e suas causas sobre a saúde humana e os números que o Estado consome durante as plantações.

“A Câmara Setorial Temática busca experiências para temas específicos e o resultado desse trabalho é uma síntese profunda que será repassada aos deputados estaduais e federais, senadores e governador”, disse o presidente da CST, José Lacerda.

Para o engenheiro agrônomo e representante da Fecomércio, Roberto Motta, o agrotóxico é um assunto extremamente importante no Estado e por ser o maior produtor de soja do país, também consome uma quantidade alta de agrotóxico. “Precisamos conhecer melhor o agrotóxico e também realizarmos explanação sobre o mercado”, comentou Motta, que proferiu a palestra.

De acordo com dados fornecidos pela Fecomércio, Mato Grosso planta por ano 7 milhões e 22 mil hectares distribuídos por lavouras (soja, milho, algodão, cana, etc) e consome anualmente 859 milhões e 920 mil dólares de agrotóxico. “Só perdemos para os Estados Unidos (1º lugar, com Japão em terceiro e França na quarta colocação), sendo que, a soja é o grande vilão desse consumo com gastos de seiscentos milhões de dólares em agrotóxicos”, explica Motta.

Dados da Famato mostram que no modelo adotado e com as tecnologias atualmente em uso, os agrotóxicos são necessários para a garantia da produção de alimentos e matéria-prima. No entanto, o uso incorreto vem causando prejuízos econômicos à sociedade brasileira.

Segundo boletim informativo da Famato, por se tratar de produtos potencialmente perigosos à saúde do homem e também ao meio ambiente, a sua aplicação deve ser feita dentro de prescrições técnicas adequadas, visando a eficiência na aplicação, a segurança do aplicador e a proteção do meio ambiente.

Mas o uso de agrotóxicos em Mato Grosso deve cair na safra de 2007. Roberto Motta ressalva que a crise do agronegócio, fator climático e pragas nas lavouras da soja, influenciarão diretamente no plantio deste ano.

Os números divulgados podem chegar até 790 milhões de dólares gastos com agrotóxicos, ao invés dos US$ 890 milhões investidos em 2006. “O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Gasta, anualmente, cerca de 2,5 bilhões de dólares nessas compras. Infelizmente, pouco se faz para controlar os impactos sobre a saúde dos que produzem e dos que consomem os alimentos impregnados por essas substâncias”, avaliou Motta.

Saiba mais: Os agrotóxicos, também conhecidos por produtos fitossanitários, agroquímicos ou pesticidas, são produtos de ação tóxica, que tem como ingrediente ativo substâncias orgânicas ou químicas, sintetizadas para controlar ou erradicar, de modo geralmente específico, as pragas na agricultura e os vetores transmissores de doenças ao homem.

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