O secretário estadual de Infra-Estrutura (Sinfra), Vilceu Marcheti, anunciou o início da pavimentação da MT 040, que liga Santo Antônio de Leverger a Barão de Melgaço, no Pantanal mato-grossense. O anúncio foi feito em resposta a um questionamento da deputada estadual Vera Araújo, do PT, na sessão em que o secretário foi "sabatinado" pelos parlamentares sobre a atuação da secretaria.

De acordo com o secretário, serão feitos este ano somente mil e 500 metros de asfalto, já que o período das chuvas está chegando. O asfalto terá início em Leverger. De acordo com a deputada, trata-se de uma estrada parque, numa região sujeita a alagamentos, cujas obras estavam sendo aguardadas pela população.

Para articular a obra Vera esteve reunida em algumas ocasiões com o ex-secretário da pasta, Luiz Antônio Pagot e lideranças de Barão de Melgaço. Existia a possibilidade que a pavimentação asfáltica fosse feita a partir da MT 361, que sai da BR-163, passando pelo Parque Estadual de Águas Quentes.

Vera também cobrou do secretário informações sobre as casas feitas no estado através do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). De acordo com a deputada, algumas casas em construção, vistas por ela, deixavam muito a desejar em relação à qualidade das obras. Em Luciara, Vera disse ter visto pessoas já morando em casas cujas paredes não tinham reboco e nem um piso colocado. "São moradias que não servem para abrigar um ser humano com dignidade", disse.

Em reposta, o secretário disse que o padrão das casas do Fethab é realmente modesto. E que se as casas não tinham piso colocado, é porque isso não faz parte do projeto. Segundo o secretário, as Prefeituras tem que dar sua contrapartida para melhorar as casas. "Quando isso acontece, o projeto fica mais caprichoso", disse.

A deputada também questionou o fato de que o Tribunal de Contas do Estado fez algumas ressalvas quanto às licitações feitas pela secretaria, conforme o relatório das contas de Maggi em 2004. Marcheti disse que realmente foram detectados alguns problemas, mas as obras com irregularidades não foram recebidas pela secretaria e os problemas estriam sendo sanados. "O Tribunal também determinou que, no caso de obras feitas por consórcios, com o recurso das próprias entidades envolvidas, não é a Sinfra a responsável pela licitação", informou o secretário.

Vera questionou ainda a situação do chafariz da Praça das Bandeiras, que ela afirma não ter visto em funcionamento e que teria custado cerca de um milhão e meio de reais. O secretário confirmou que o chafariz está dando "dor de cabeça" aos técnicos da secretaria, já que está apresentando alguns defeitos, não sanados até o momento.

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