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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005 14h56


O PARTIDO DEMOCRáTICO TRABALHISTA (PDT) ANUNCIOU MUDANçAS ESTRATéGICAS EM CUIABá E EM âMBITO NACIONAL. APóS VIVER PERíODO DE TURBULêNCIA PóS-ELEITORAL, NA CAPITAL MATO-GROSSENSE, O PARTIDO VAI REESTRUTURAR SUAS BASES. ELE TAMBéM PROMETE ALçAR VôO RUMO à PRESIDêNCIA DA REPúBLICA AFASTANDO POSSIBILIDADES DE ALIANçA COM O PT E BUSCANDO APROXIMAçãO COM O PPS...

PDT muda direção e quer presidência do país

O novo presidente do diretório cuiabano, advogado Ricardo Siqueira, disse que partido que não disputa eleições tende a cair no esquecimento

FERNANDO LEAL / SECRETARIA DE IMPRENSA



O Partido Democrático Trabalhista (PDT) anunciou mudanças estratégicas em Cuiabá e em âmbito nacional. Após viver período de turbulência pós-eleitoral, na capital mato-grossense, o partido vai reestruturar suas bases. Ele também promete alçar vôo rumo à Presidência da República afastando possibilidades de aliança com o PT e buscando aproximação com o PPS.

A intenção é participar da estrutura que poderá dar sustentação ao lançamento da candidatura do ex-governador da Capital Federal e ainda petista, Cristovam Buarque, à Presidência da República – após sua possível migração para a sigla socialista – dependendo do avanço das atuais negociações.

Essas medidas fazem parte de um bloco de ações anunciadas na manhã de hoje (11), durante convenção municipal do PDT ocorrida no Plenarinho da Assembléia Legislativa. O encontro também serviu de palco para a renovação da direção do partido em Cuiabá e contou com as presenças do presidente e do secretário nacionais pedetistas, Carlos Lupi (RJ) e Manoel Dias (SC), além de representantes locais da sigla.

Para o novo presidente do diretório em Cuiabá, Ricardo Siqueira – eleito com chapa única – nos últimos dois anos o PDT foi mostrado em permanente estado de conflito por mera divergência de condução partidária na sua base. Isso, segundo ele, porque o PDT é de discussões e, por conta disso, mantém debates permanentes sobre todos os fatos e nomes diretamente ligados à política.

“Hoje, temos um partido que viverá dois anos sem ser vitrine, já que não vamos viver diretamente o próximo processo eleitoral (governadores e presidente da República). Nesse período, vamos buscar reestruturá-lo em suas bases”, disse Siqueira.

O novo presidente lembrou que, para chegar ao atual estágio, o PDT mato-grossense criou e operacionalizou o Centro de Estudos Silva Freire. “Também queremos retomar a criação e o incentivo de formação de núcleos de base; reativar os movimentos (socialista, de mulheres, de negros, ambientalistas etc); e criar diretórios zonais na Grande Cuiabá.

Precisamos fomentar o interesse pelo partido, principalmente mostrando – como espelho – a vida do grande estadista e ícone do PDT, Leonel Brizola”, concluiu Ricardo Siqueira.

Ele mostrou que a maior lição tirada dos recentes fatos passados, envolvendo o diretório cuiabano, é que partido que não disputa eleições tende a cair no esquecimento.

Para reverter esse quadro, dentro da sua ótica, é necessário descobrir, capacitar e formar novas lideranças e, principalmente, ter candidaturas próprias e apresentar um partido forte à sociedade cuiabana.

Período turbulento

O PDT cuiabano sofreu um forte período de turbulência logo após as eleições de 2004, para vereador. Descontente com o encaminhamento – um suposto desprestígio por anunciada “falta de apoio necessário” – que vinha sendo dado pela direção substituída hoje, um grupo de candidatos à Câmara de Cuiabá pediu mudanças.

A mobilização deu largada para a “confusão” que se instalou na ocasião, segundo o ex-secretário de Estado de Cultura de Mato Grosso, Jurandir Francisco, militante histórico – no Estado – do PC do B e no PDT há quase cinco anos. Houve, então, eleição para o Diretório Municipal de Cuiabá, com afastamento do então presidente, ex-deputado Emanuel Pinheiro.

O processo foi considerado legal dentro do aspecto local. A direção nacional do partido, entretanto, não aceitou a decisão, destituiu o diretório e reconduziu Emanuel Pinheiro ao cargo na condição de presidente-interventor.

Agora, após discussões sobre novas eleições, grupos internos do partido firmaram consenso em torno da chapa “PDT em Ação”, tida como a mais forte entre as projetadas e liderada pelo advogado, ex-membro do diretório estadual e militante antigo da sigla em Mato Grosso, Ricardo Siqueira.

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