O Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT), que será apresentado na manhã desta sexta-feira (17.08) pelo secretário Nacional de Política de Transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), trará uma prévia da implantação de políticas de médio a longo prazo, que segundo ele, serão a solução para os problemas que Mato Grosso enfrenta em relação às rodovias federais, hidrovias, ferrovia e aeroportos.

O estudo sobre a logística do transporte em Mato Grosso é uma iniciativa do Ministério dos Transportes, por meio de uma parceria com o Departamento de Engenharia e Construção (DEC), que incumbiu o Centro de Excelência em Engenharia de Transportes (CENTRAN) de elaborar o PNLT. Segundo o secretário de Estado de Infra-estrutura, Vilceu Marcheti, o estudo sobre a logística do transporte de Mato Grosso foi realizado a partir de dados fornecidos pela Sinfra ao CENTRAN, sobre quais as maiores carências enfrentadas pelo Estado, em relação ao transporte.

“Mato Grosso possui a maior malha viária estadual do pais, com cerca de 28 mil quilômetros. Porém, quando se fala em escoamento de produção e transporte de produtos, esbarramos sempre nas rodovias federais, como as BR-163/364, que ainda operam em situação precária em alguns pontos, e a 158, que precisa ser pavimentada para ligar Mato Grosso ao porto de Marabá (PA) e, com isso, baratear o custo com transporte”, relata.

Marcheti ressalta que no caso da BR-158, por exemplo, o impasse para a pavimentação gira em torno de questões indígenas, já que naquela Região (Araguaia) existem índios da etnia Xavante. O secretário ressaltou que outro ponto que deverá ser apresentado por Marcelo Perrupato, será um estudo para a viabilização e melhor utilização de nossas hidrovias, como uma opção de transporte economicamente rentável para o Estado.

Participarão do evento representantes de todas as Secretarias do Estado, além das entidades convidadas como a Agência Reguladora de Serviços (Ager), Assembléia Legislativa, representantes da bancada mato-grossense no Senado e na Câmara dos Deputados, Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Fiemt, Famato, Fecomércio, Sinduscom, Crea, Dnit, Unemat, UFMT, Unic, Unirondon, Ordem dos Advogados do Brasil-MT, Prefeitura de Cuiabá, Câmara Municipal de Cuiabá e 9º BEC.

A versão preliminar do Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT), que será apresentada e debatida amanhã durante o evento, já está disponível no site do Ministério dos Transportes no endereço www.transportes.gov.br.

Programação do Evento:
08:00h - Abertura dos trabalhos pelo vice-governador do Estado, Silval Barbosa, junto ao secretário de Estado de Infra-estrutura, Vilceu Marcheti, o presidente da Fiemt, Mauro Mendes, o presidente do Conselho Temático de Infra-estrutura (Coinfra), Anildo Lima Barros e o secretário Nacional de Política de Transporte do Ministério do Transporte, Marcelo Perrupato.
08:30h - Apresentação do pelo coronel Roberto DIAS Morales das atividades do Centro de Excelência em Engenharia de Transportes -CENTRAN
09:00h -Apresentação do PNLT pelo Sr. Marcelo Perrupato – Secretário Nacional de Política de Transportes/Ministério dos Transportes
09:30h - Intervalo
09:40h - Discussão e reavaliação do PNLT
11:30h - Consolidação das propostas apresentadas
12:00h – Encerramento
O Plano Nacional de Logística de Transportes
No estímulo da nova política do governo federal para investimentos nacionais, o fortalecimento da infra-estrutura econômica ocorrerá, principalmente, por meio da modernização dos setores de energia, telecomunicações, saneamento, recursos hídricos e transportes. Este último é a base para a acessibilidade e mobilidade nacional que permite ligações por todos os modais entre as vastas e distantes regiões do Brasil.

Em virtude disso, o Ministério dos Transportes, por meio de uma parceria com o Departamento de Engenharia e Construção (DEC), incumbiu o Centro de Excelência em Engenharia de Transportes (CENTRAN) de elaborar um Plano Nacional de Logística de Transportes. O estudo visa a orientar as ações nacionais públicas e/ou privadas em infra-estrutura de transporte e logística, num horizonte de médio e longo prazo.

O PNLT tem como meta criar uma base de dados e instrumentos de análise, sob a ótica logística, para oferecer apoio ao planejamento de intervenções públicas e privadas na infra-estrutura e na organização dos transportes. Desta maneira o setor de transportes poderá contribuir para o alcance das metas econômicas, sociais e ecológicas do Brasil, rumo ao desenvolvimento sustentado.

Objetivos do PNLT
O Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT) tem por objetivo formalizar e perpetuar uma base de dados e instrumentos de análise, sob a ótica logística, para dar suporte ao planejamento de intervenções públicas e privadas na infra-estrutura e na organização dos transportes, de modo a que o setor possa contribuir para a consecução das metas econômicas, sociais e ecológicas do País em horizontes de médio, a longo prazo, rumo ao desenvolvimento sustentado. O trabalho é resultado da necessidade de retomada do processo de planejamento, com base científica no País, visando dotar o Ministério dos Transportes de uma metodologia formalmente definida de avaliação de políticas públicas em transportes.

O PNLT deverá integrar, ao lado de outras referências, o conjunto de subsídios que serão utilizados na elaboração das contribuições do Mato Grosso ao PPA 2008-2011, para orientar os agentes quanto às prioridades da sociedade, bem como servir de instrumento privilegiado para otimizar a exploração das oportunidades.

O Centran objetiva prover infra-estrutura em Ciência e Tecnologia (C&T) para implementação de ações, no sistema de transportes brasileiro, que privilegiem a evolução do conhecimento e da tecnologia, com enfoque na proteção do meio ambiente, na justiça social e na riqueza nacional.

Para isso, atua como organizador, incentivador e catalisador de redes cooperativas de pesquisa, formadas por Universidades, Centros de Pesquisas e Empresas, com atuação relevante na área de transportes, para gerar conhecimento e inovação em infra-estrutura de transportes. Essas redes podem ser constituídas por instituições de diferentes regiões do País, proporcionando a integração e otimização de recursos humanos, laboratoriais e econômicos para pesquisa e desenvolvimento.

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