Sexta-feira, 16 de julho de 2004 11h24
ENQUANTO AVANçA O CICLO DE DEBATES SOBRE O PLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTáVEL DA BR-163, EM MATO GROSSO E NO PARá, DIVERSAS AUTORIDADES Já SE MOBILIZAM PENSANDO EM AGLUTINAR FORçAS PARA MAIS UMA VEZ, “PRESSIONAR” EM BUSCA DE UMA SOLUçãO PARA RESOLVER O GARGALO QUE SE TORNOU A CONCLUSãO DA RODOVIA FEDERAL, QUE LIGA OS DOIS ESTADOS...
Políticos e empresários somam força pela rodovia
Estrada transporta carga produzida em Mato Grosso até porto no Pará. Mercado Europeu é alvo
LAURINDO NETO / ASSESSORIA DE GABINETE
Desde o final da última semana, diversos grupos denominados pró-BR163 buscam meios para adoção de medidas preventivas que resulte em um só objetivo: a conclusão da rodovia.
Até o momento todos os encontros tiveram a participação de ambientalistas, os debates tem sido em cima de dois eixos básicos. Os que defendem a pavimentação da BR, alegam que a rodovia é um importante corredor para exportação de produtos, especialmente a soja. Para os contrários a conclusão da rodovia o retorno da obra significa a volta em peso do ciclo do desmatamento.
Segundo o deputado Silval Barbosa (PMDB), primeiro-secretário do Legislativo, a Cuiabá-Santarém tem mais de 1.760 km de extensão, mas somente 840 quilômetros estão asfaltados, alguns trechos precariamente.
Para o deputado, a paralisação da obra acarreta em sérios prejuízos para os dois Estados, conforme relata Silval Barbosa com a pavimentação da rodovia a soja produzida em Mato Grosso poderia chegar mais rapidamente ao mercado europeu, sem contar o barateamento do frete e outros benefícios.
“Há mais de 20 anos aguardamos pelo cumprimento da promessa de vários presidentes e ministros que por diversas vezes se posicionaram favoráveis a conclusão da 163, mas, infelizmente, o projeto nunca saiu da gaveta”, fala o deputado.
De acordo com o deputado, com grande potencial produtivo Mato Grosso vive justamente o oposto ao que seria justo pelo posicionamento que ocupa no ranking brasileiro. Silval cobra do governo federal a responsabilidade de manter a rodovia em bom estado de conservação nos trechos pavimentados e a retomada da obra nos pontos paralisados.
“A rodovia é de fundamental para o programa de desenvolvimento de Mato Grosso. A alienação da obra à idéia de que causará impacto ambiental é um discurso antigo, mas que ganha simpatizantes no mundo todo. A maioria faz parte de segmentos interessados em ver o potencial produtivo do Estado em total dependência do aval internacional”, justifica o deputado.
Não é descartada para os próximos dias, uma manifestação em Brasília, pela retomada da pavimentação na BR-163. Autoridades do Pará e do Mato Grosso pretendem mobilizar o segmento que dependem da rodovia para justificar, através da geração de empregos e divisas, a importância que obra tem no cenário econômico e social de ambos os Estados.
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