O relatório técnico encomendado pela Secretaria de Estado de Infra-Estrutura de Mato Grosso (Sinfra), sobre as condições do viaduto do Portão do Inferno no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, aponta que o viaduto é seguro, está em boas condições, mas necessita de algumas intervenções. O levantamento foi realizado pelo engenheiro civil Carlos Eduardo Sales Alves Filho, mestrando de geotecnia e estabilidade de taludes em solo e em rochas, da Universidade Federal de Ouro Preto (MG).

A Sinfra encomendou o estudo após receber indicações do deputado estadual Alexandre Cesar (PT) apontando a necessidade de uma análise do impacto do tráfego no viaduto do Portão do Inferno. O engenheiro Carlos Alves Filho afirma que "a condição estrutural – vigas, lajes e pegões – do viaduto pode ser considerada excelente, inexistindo trincas, nem fissuras ou brocas no concreto, nem abatimentos".

Porém, o parecer técnico do engenheiro recomenda o cadastro e acompanhamento do comportamento das encostas vizinhas às cabeças do viaduto, pois já ocorreram deslizamentos naturais na região, especialmente quanto existiam descalçamentos e erosões no pé da encosta propiciando taludes negativos, ou melhor, blocos suspensos no ar, sem suporte.

"Sugiro a utilização de redes metálicas guarda-pedras ou muros alambrados de contenção e amortecimento do impacto dos eventuais blocos que possam se soltar`, afirmou o engenheiro. Outra recomendação do profissional é a adoção de medidas que contribuirão para valorizar o ponto turístico, como melhorias na sinalização, com placas, pintura horizontal e utilização de redutores de velocidade.

O resultado do estudo encomendado pela Sinfra foi apresentado ontem (16/09) em plenário pelo líder do PT, Alexandre Cesar.

Segundo o parlamentar, apesar da segurança do viaduto, ele acredita que a instalação de balanças para o controle do peso dos caminhões que trafegam na MT- 251 seria importante para a preservação da rodovia, projetada para o turismo.

"A rodovia de acesso à Chapada dos Guimarães é uma estrada parque, porém a presença de caminhões que levam calcário para Campo Verde é crescente. É preciso haver uma regulamentação com pesagem na MT-251 para que ela não se consolide como rota alternativa do transporte pesado de cargas", ponderou o deputado.

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