O deputado Aírton Português (PP) participou in loco no último final de semana do Kuarup, uma das celebrações mais tradicionais dos grupos indígenas do Xingu. O ritual sagrado dos índios do Alto Xingu que foi realizado na aldeia Iwalapiti. A celebração acontece uma vez ao ano, e contou com a participação de mais de 10 etnias do Alto Xingu. O ritual tem por objetivo homenagear os mortos, cada membro falecido é representado por um tronco de madeira, denominado Kuarup, que passa por um longo ritual, antes e durante a cerimônia.

De acordo com Português a celebração é uma grande oportunidade para conhecer as diferentes culturas e constatar de perto como vivem os moradores da aldeia.  “O evento é uma experiência única e serviu como um grande aprendizado. Podemos conhecer a fundo a cultura dos índios e as condições em que vivem, bem como as suas necessidades, além disso, pude observar de perto a beleza de um povo, que ao longo do tempo, vêm fazendo de tudo para manter viva sua identidade”, explicou.

O cacique Aritana, da aldeia Iawalapiti explicou que as aldeias vizinhas e convidados não-índios são recebidos na cerimônia de homenagens. As mulheres preparam a festa, regada a muitos peixes e bijus. No dia do Kuarup, elas torcem pelos seus maridos e filhos, na tradicional luta corporal Huka-huka.

A aldeia fica localizada a 8 km do histórico posto Indígena Leonardo Villas Boas, no Parque do Xingu. A celebração foi palco de uma festa sagrada e multicolorida. Os índios pintam o corpo com tintas extraídas de jenipapo, urucum e carvão, além de usarem muitos adornos pelo corpo.

O evento contou a presença de convidados de várias partes do Brasil e de outros países. Participaram da celebração o ministro da Justiça Tarso Genro e o presidente da Funai, Márcio Meira.   Outras solenidades presentes foram o prefeito de Gaúcha do Norte Edson Harold Wegner (PP), secretário de Cultura de Mato Grosso, João Carlos Vicente Ferreira, que representou o governador Blairo Maggi, acompanhado da secretária adjunta de Turismo, Vanice Marques, e o superintendente de Política Indígena do Estado, Rômulo Vandoni Filho.

A cerimônia 

Na madrugada de domingo, os índios cantaram e choraram, agitando o maracá (espécie de chocalho). Próximo das toras várias fogueiras foram acesas. A celebração é o último ritual da passagem, para que os espíritos encontrem um lugar confortável e seguro ao nascer do novo dia, quando o fogo é então apagado.

A celebração aos mortos termina quando o sol brilha no horizonte. Em seguida, começa a tradicional luta corporal, entre a aldeia anfitriã e as demais etnias. As aldeias convidadas não lutam entre si. O objetivo da huka-huka é derrubar o adversário com as costas no chão ou agarrar sua perna.

Gaúcha Norte

Durante a viagem ao Xingu o deputado visitou a Escola Estadual Gervásio dos Santos no município de Gaúcha do Norte. A diretora da instituição Joyce karine Kollng reivindicou ao parlamentar a necessidade de reformar o muro a construção de uma quadra na instituição.  Português afirmou que irá apresentar uma indicação no Legislativo propondo a obra, beneficiando cerca de 820 estudantes.

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