O PPS e suas lideranças políticas, além dos pré-candidatos, têm de ter habilidade e a necessária maturidade política. A avaliação é do deputado estadual Carlos Brito (PPS) que, em debate no programa de tevê Entrevista Coletiva da TV Assembléia, ponderou sobre a disputa interna que vem antecedendo o embate eleitoral previsto para as convenções partidárias de junho.

No entendimento de Brito, que é pré-candidato à Prefeitura da capital, o prazo estipulado pela legislação eleitoral para definição de nomes não pode ser compreendido como o prazo político para que tais decisões sejam tomadas.

“A definição de nomes e chapas têm de acontecer no tempo necessário. Nossa cultura política não suporta a prévia eleitoral, sob risco de inviabilização de candidaturas”, disse ele, ao se referir à cisão que ocorre quando uma mesma legenda submete mais de um nome à cabeça de chapa.

Recém saído do staff do governo do Estado, por onde permaneceu durante 13 meses, o deputado socialista fez um balanço do que definiu como progresso possibilitado pela gestão do governador Blairo Maggi.

“O atual governo, do qual fiz parte desde seu momento mais embrionário, tem estabelecido novos mecanismos de desenvolvimento com a ampliação da produção, do parque industrial, habilitação de mão de obra e “captação” de investidores. Mais que isso, este governo inverteu a lógica na qual “quem tem a chave do cofre manda sozinho”.

Para o parlamentar, a administração estadual comprovou ter capacidade de consolidar a estabilidade institucional adquirida em 2003 junto aos Poderes Legislativo e Judiciário, além de Tribunal de Contas e Ministério Público.

“As negociações que envolveram o Orçamento Geral 2004 comprovaram isso. Com quase 500 emendas tramitando, tivemos de resolver um dos maiores impasses políticos do governo, já que os Poderes pediam ampliação de limites orçamentários e o Estado não comportava”, falou, numa referência ao acordo que condicionou suplementação à excedente de arrecadação de ICMS.

Sobre a disputa eleitoral, Brito afirmou não pretender tratar o assunto como um “carreirista” em mandatos. “Neste retorno à Assembléia Legislativa, irei me esforçar para compatibilizar a atividade parlamentar com o processo eleitoral. Candidato ou não, estarei participando”.

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