Terça-feira, 4 de setembro de 2001 00h00
PREFEITO DE CONFRESA DENUNCIADO à CPI
Prefeito de Confresa denunciado à CPI
FLÁVIO GARCIA / Secretaria de Comunicação Social
Parreira era esperado pelos membros da CPI para apresentar defesa às acusações, mas não compareceu e nem mesmo justificou a ausência.
O prefeito está sendo denunciado pelo candidato derrotado no pleito, Gaspar Lazzari, e pelo vereador Mauro Sérgio Assis (PMDB).
Eles acusam o prefeito de ter usado a máquina administrativa para conseguir a reeleição, além de ter aliciado eleitores com a doação de cestas básicas e materiais para construção.
Segundo eles, Iron Parreira realizava reuniões com eleitores em seu comitê de campanha, às sextas-feiras, e fornecia uma espécie de “senha”, assinada por ele. “Daí as pessoas tornavam a procurá-lo na prefeitura, logo no início da semana seguinte, para pegar as requisições”, explicam. Dessa forma, conforme Assis e Lazzari, o prefeito distribuía “agrados” ao eleitorado, em troca de votos.
COMBUSTÍVEL - Os acusadores ainda apontaram farta distribuição de combustíveis durante a campanha. Contam que, através de um posto cujo proprietário seria cunhado do prefeito, grande quantidade de combustível adquirido pela prefeitura teria sido desviado em favor da candidatura de Parreira. “Nos dias de comício e carreatas havia filas para abastecer no posto que pertence a seu cunhado”, atiram.
Gaspar Lazzari reclamou também da atitude do então juiz eleitoral da comarca, João Mena Barreto, que teria feito “vistas grossas” às ilegalidades supostamente praticadas pelo prefeito. “O juiz viu o trabalho de boca-de-urna, onde os cabos eleitorais do Iron Parreira compravam votos descaradamente, por vinte, trinta, até cinqüenta reais, e não fez nada. Mandou que procurássemos um advogado para formalizar a denúncia”, queixa-se.
Lazzari e Assis também informaram aos parlamentares da Comissão sobre a aparente má-gestão da coisa pública pelo prefeito, notadamente no que toca aos recursos destinados à educação. Segundo eles, uma ação movida pelo Ministério Público Federal apura irregularidades na aplicação de verbas do Fundo para o Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef). Outra irregularidade, esta constatada pelos conselheiros do Tribunal de Contas, teria sido a aplicação, nos últimos três anos, de um total inferior aos 25% do orçamento em educação - contrariando o disposto pela Constituição Federal.
Em 04/09/2001
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