Pela importância do que fazem frente às instituições públicas, as primeiras damas dos municípios tem como bandeira de luta a adoção seja em qualquer esfera da vida de critérios coerentes. A discussão foi um dos temas do IV Encontro da classe mato-grossense, realizado pela Associação das Primeiras Damas de Mato Grosso (APDM), no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (16). Na avaliação da secretária de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi, as mulheres não figuram apenas esposas de prefeitos ou governadores, mas como peça fundamental para uma boa administração. “Acabou a figura da mulher de político. Agora, mostramos o resultado da prática”, disse Terezinha.

A coordenadora da Sala da Mulher da Assembléia Legislativa, ´braço´ social da Assembléia Legislativa, Andréia Oliveira, acredita que o espaço das mulheres de agentes púbicos já está reservado mesmo antes das eleições. “Já fazemos essa função em casa, nas campanhas. E nada mais justo ocupar os espaços. Precismos mostrar a nossa importância”, afirmou Andréia.

As primeiras damas redigiram uma Carta que será encaminhada por Terezinha Maggi ao presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília, Arlindo Chinaglia (PT-SP), com objetivo de que, a proposta seja revista, no que tange as primeiras damas. “Essa mobilização começa por Mato Grosso. Não se intimidem diante de ameaças”, disse Terezinha. O projeto que está sendo analisado para ser aprovado insere na Constituição a proibição da contratação de parentes pelos Poderes Executivo, Judiciário, Legislativo e Ministério Público. A Proposta de Emenda à Constituição em discussão na Câmara (nº 334-B) foi apresentada em 1996.

O projeto restringe ainda, o número de cargos da administração pública preenchidos por indicação política, sem concurso público, e estabelece quarentena de três anos depois da saída do cargo para que um parente possa voltar a ser nomeado.

O presidente da Associação dos Municípios Mato-grossense (AMM), José Aparecido, esteve no evento em apoio às mulheres. Ele disse que acha exagero o número de cargos ocupados por parentes no Poderes Constituídos. No entanto, defendeu a permanência das esposas de agentes públicos nos cargos de confiança por entender que elas são as pessoas mais indicadas para assumir pastas estratégicas dos municípios. “O nepotismo vem do tempo do império. Não existe lei que proiba o trabalho das nossas esposas. Entretanto, sou contra os exageros”, disse Aparecido.

Secretária de Cultura de Luciara, a primeira dama Cláudia Helena Schmitt Quedi argumentou que as mulheres estão mais atuantes e por isso fazem jus aos cargos públicos ocupados nas prefeituras onde têm maridos prefeitos. “Fazemos as coisas acontecer de verdade e o social é a mulher do prefeito quem faz em função de outras atividades desempenhadas por eles”, afirmou Cláudia.

Primeira dama de Nortelândia, Simone Carvalho Ascari ressaltou a atuação das mulheres dos prefeitos e alegou que todas têm participação primordial no dia-dia das comunidades nos municípios. “Nosso trabalho pode ser visto nas comunidades. Acabou a figura da mulher decorativa. Hoje ela é extremamente participativa”, justificou.

Mais informações:
Secretaria de Comunicação da AL
Fones: 3901 – 6310/6283

---