Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Terça-feira, 14 de fevereiro de 2006 17h01


CERCA DE 2.500 PRODUTORES RURAIS DE MATO GROSSO FORAM ATENDIDOS EM PARTE DOS PLEITOS DE RENEGOCIAçãO DAS DíVIDAS DE 2005, O QUE PROMETE UM NOVO FôLEGO AO ESTADO, COM EXPECTATIVA DO EXECUTIVO DE RECUPERAçãO DA RECEITA. AS NEGOCIAçõES FORAM FEITAS ENTRE GOVERNO...

Produtores rurais ganham novo fôlego

Assembléia vem atuando, junto aos produtores, como gerenciadora da crise, estimulando e intermediando discussões

ANDRÉIA FONTES / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Cerca de 2.500 produtores rurais de Mato Grosso foram atendidos em parte dos pleitos de renegociação das dívidas de 2005, o que promete um novo fôlego ao Estado, com expectativa do Executivo de recuperação da receita. As negociações foram feitas entre governo, Banco do Brasil, Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso) e Assembléia Legislativa e culminou hoje com a proposta do BB aos produtores inadimplentes.

A proposta do Banco, acatada pelos intermediadores da crise, é de renegociação para as linhas de investimento com taxas de juros de 1,3% mais TR (Taxa Referencial) e, para as linhas de custeio, 1% mais TR, o que resulta em taxas de aproximadamente 14% a 15% ao ano, uma vez que a TR está cotada em torno de 13% ao ano.

A dívida terá um prazo de cinco anos para a recomposição e a primeira parcela será paga em 2007. Os produtores têm até o dia 20 de março para enviarem ao Banco a proposta e precisam dar uma entrada de 20% do montante da dívida até 27 de abril. O Banco acatou uma reivindicação da Famato de que na entrada seja amortizado o montante já pago em 2005.

Representante do Poder Legislativo, que atuou como um gerenciador da crise, realizando audiências para debater o problema, o deputado Humberto Bosaipo (PFL) afirmou que a proposta concreta apresentada pelo BB é um avanço e que junto com a Famato, a Assembléia considera esta a primeira fase da negociação e continuará trabalhando para resolver os demais problemas do setor. O parlamentar também ressaltou a atitude do governador Blairo Maggi (PPS) que, segundo ele, tratou a questão como “do Estado”.

“Os problemas são muitos. As dificuldades são imensas. Mas juntamente com a Famato, a Assembléia Legislativa está encaminhando e já conseguimos uma proposta concreta do Banco do Brasil para pontuar uma questão mais genérica. Eu acho que já é um avanço. O governador colocou isso como uma questão do Estado e isso facilitou trazer o BB para a discussão. Este avanço é paulatino, não dá para resolver de forma definitiva. Não dá para resolver todos os casos de uma só vez”, ponderou.

O parlamentar lembrou ainda que a inadimplência dos produtores interfere diretamente na queda da arrecadação estadual e, diante deste reflexo, é de extrema importância a união de todos na busca de soluções. “Estamos em defesa dos produtores e buscar esta negociação é muito salutar”, acrescentou.

Governador do Estado, Blairo Maggi considerou a proposta do BB como uma “ponte para onde precisamos ir”. “A proposta não é a melhor dos mundos e a que todos esperavam, mas é uma ponte para a situação que estávamos antes e para onde nós precisamos ir. Acho que o BB foi bastante parceiro, saio na frente. Foi uma posição do banco de compreender a situação que o Estado de Mato Grosso vive neste momento e de criar condições para que os produtores possam ficar adimplentes e continuarem produzindo. O pedido do governo é no sentido que possamos deixar o Estado produzindo, caso contrário teríamos grandes problemas”.

O governador lembrou ainda que os produtores inadimplentes representam pouco em relação ao montante do que foi emprestado pelo Banco. De um total de R$ 6 bilhões, a dívida ficar em torno de R$ 1 bilhão.

O presidente da Famato, Homero Pereira ressaltou que embora não resolva o problema, a proposta do Banco do Brasil dá novo fôlego e antecipou que esta alternativa será divulgada em 12 pólos, onde se concentra cerca de 80% do problema. “Esta é uma medida emergencial”, definiu.

O Superintendente do Banco do Brasil, Renato Barbosa, destacou que a renegociação deve mesmo ficar em torno de R$ 700 milhões.

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