Reduzido a dois deputados na Assembléia Legislativa, Carlos Carlão Nascimento e Dilceu Dal´Bosco, o PSDB ainda busca fôlego para resistir às investidas do PPS ao pré-candidato tucano à Prefeitura de Cuiabá, deputado federal Wilson Santos, que tem admitido deixar o PSDB para disputar a eleição de 2004 pelo partido socialista. Na avaliação de Dilceu e Carlão, a pré-candidatura de Wilson Santos está consolidada no PSDB.

“Não acredito que o PSDB deixe escapar essa candidatura importante para vencermos as eleições do ano que vem. Por outro lado, o próprio Wilson Santos não tem a intenção de se transferir para um partido que fizemos oposição nas eleições passadas”, disse Carlão.

O deputado garantiu que Wilson Santos não deixará o PSDB para se filiar em outra sigla, que segundo Carlão, inviabilizará o projeto do PSDB de retomar o poder vencendo as eleições de Cuiabá. “Vamos voltar a ser poder, depois de vencermos as eleições”, afirmou o deputado.

Para Dilceu, se Wilson Santos fizer uma análise crítica sobre seu rumo político, verá que o melhor para os tucanos é a sua permanência no PSDB para ser o candidato do partido na disputa eleitoral do próximo ano. De acordo com avaliações internas, as chances de Wilson Santos se eleger pelo PSDB são maiores que em qualquer outra agremiação.

Numa das hipóteses, caso Wilson Santos fique no PSDB, ele terá de imediato o apoio do PMDB e de mais dois partidos que compõem a “frentinha” criada nas eleições de 2000 para dar sustentação ao prefeito Roberto França (PPS). A aliança foi quebrada e agora os partidos chamados “nanicos”, mas com poder de votos, querem apoiar um nome forte na oposição ao candidato do Executivo que será escolhido por Roberto França.

Por outro lado, se Wilson Santos atender aos “encantos” do governo Blairo Maggi (PPS) poderá ter no mínimo apoio de partidos pequenos que cercam o governo. Ainda na análise política, o PFL que ajudou a eleger o governo socialista acena com candidatura própria ao processo sucessório de 2004. Além de outros três ex-aliados de Roberto França, o PTB, PL e o PP que apesar de fecharem tríplice aliança para o ano que vem, também sonham participar das eleições com candidatos próprios ao Palácio Alencastro.

Mas os presidentes do PTB, deputado federal Ricarte de Freitas, e os deputados federais, Pedro Henry, do PP, e Welington Fagundes, do PL, não admitem discutir política de aliança com partidos onde Wilson Santos estiver filiado.

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