A crise econômica em Aripuanã parece não ter fim. Mais de sete mil trabalhadores já deixaram a cidade, conforme o levantamento realizado pela Associação Comercial e Industrial (ACIA). A população em busca de sobrevivência migra para Rondônia. Há previsão de cerca de três mil desistências no campo de trabalho para o mês de março. O receio é que esse número aumente provocando ainda mais a balança comercial e o êxodo rural. O comércio amarga queda de 80% das vendas. Foram encerradas 17 firmas.

Com uma população de 23 mil habitantes, distante 1196 km no Extremo-Noroeste, o município luta pelo fim da dramática situação, sem precedentes em sua historia. Desemprego e falta de perspectiva é relato comum no setor madeireiro, por conta de sua semi-paralisação.

Num trecho da Carta de Aripuanã consta: “Aripuanã, encravada entre rios e precipícios, cercada de belas matas, lindas fazendas, formosos pomares, altivo povo, hoje se vê de joelhos, humilhada, doente, cansada, pedindo socorro...”.

Esta ´Carta de Aripuanã´, elaborada pela Acia, foi entregue aos deputados José Riva e Eliene Lima (ambos PP) pela presidente da Associação Comercial, Seluir Peixer Reghin e testemunhado pelos vereadores Jonas Rodrigues da Silva (PP), Manoel de Jesus Sobra (PSDB), o major Nivaldo Arruda - comandante do NPM e empresários, quando reunidos na tarde desta segunda-feira (13).

A carta assinada pela Acia, Sindicato Rural, Sindicato dos Madeireiros, Loja Maçônica Estrela, Câmara de Vereadores, Apae e Prefeitura será repassada a todos os deputados e ao governador, como forma de encontrar uma alternativa que contorne a situação.

Riva procurado para intermediar as discussões propôs ampliar o leque de defesa ao município. O parlamentar solicitou ao governador Blairo Maggi (PPS) audiência ampliada com todos os representantes no sentido de pontuar as reivindicações. Dentre elas estão fomento ao setor madeireiro, energia, segurança, saúde, educação, transporte. A audiência provavelmente acontece até a quinta-feira (16) próxima.

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