O primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP), está defendendo a criação de um posto da Polícia Militar na Casa. Segundo ele, além de não precisar retirar os PMs que prestam serviço na AL eles ainda atenderiam também a comunidade. Ele falou sobre esse e outros assuntos em uma entrevista à rádio CBN Cuiabá hoje (07) de manhã. O deputado lamentou o fato do comandante geral da PM, coronel Leovaldo Salles, ter enviado à Assembléia um projeto para proibir que policiais ocupem funções administrativas. Para Riva, isso é desnecessário.

A mudança a atual situação, como disse ele, só depende de decisão do Comando Geral da PM. Toda a celeuma foi criada porque Salles declarou recentemente que faltavam policiais nas ruas porque muitos estavam cumprindo funções administrativas em órgãos estaduais.

Riva ressaltou que a AL tem 23 PMs e precisa deles. “A Assembléia é o órgão que mais recebe visitantes diariamente. São cerca de mil pessoas por dia, além dos 1,5 mil servidores que trabalham na Casa. Os policiais são necessários. No entanto, há cerca de dois anos eu já havia pedido ao então comandante geral que mantivesse os PMs na Assembléia e criasse um posto no local, estruturado com pelo menos uma viatura. Assim os policiais ficariam ali e atenderia a população em geral”, ponderou.

Riva deixou claro que se a AL tiver excedente policial e for solicitado pelo Comando, todos serão liberados. E mesmo frisando o respeito que tem pelo comandante Salles, reafirmou que falta decisão do Comando Geral para mudar a situação. O parlamentar lembrou, inclusive, que se os policiais que desempenham funções administrativas até dentro do próprio Comando fossem substituídos por auxiliares administrativos haveria mais PMs nas ruas e ainda seriam abertas novas vagas de trabalho.

O progressista também falou à CBN Cuiabá sobre a importância de se discutir a fundo o sistema prisional no Estado. O atual sistema, conforme Riva, não socializa e não reeduca o preso. “O assunto é complexo, mas pelo menos uma coisa é óbvia, quanto mais se investe na educação menos se gasta com presídios. Foi isso que fizeram países como Alemanha e Japão, que tem a educação como prioridades um, dois e três. Aqui, ao contrário, existe um desestímulo à educação”, avaliou.

O deputado acredita que se houver uma discussão profunda envolvendo governo, especialistas e sociedade organizada uma solução será encontrada. O único porém é que são necessários recursos, sem os quais, não há solução possível.

Maiores informações
Secretaria de Imprensa da Assembléia Legislativa
613-2553

---