Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Terça-feira, 25 de abril de 2006 16h46


A “DANçA DO CONGO OU CONGADA” é DE ORIGEM AUTENTICAMENTE AFRICANA, E EM MATO GROSSO é UMA MANIFESTAçãO DE DEVOçãO A SãO BENEDITO QUE OCORRE TRADICIONALMENTE NAS CIDADES DE VILA BELA DA SANTíSSIMA TRINDADE E NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO. A CONGADA MESCLA ELEMENTOS RELIGIOSOS E HISTóRICOS, RESISTINDO AO TEMPO GRAçAS...

Riva sugere data para celebrar a Dança do Congo

UBIRATAN BRAGA / ASSESSORIA DE GABINETE



A “Dança do Congo ou Congada” é de origem autenticamente africana, e em Mato Grosso é uma manifestação de devoção a São Benedito que ocorre tradicionalmente nas cidades de Vila Bela da Santíssima Trindade e Nossa Senhora do Livramento. A Congada mescla elementos religiosos e históricos, resistindo ao tempo graças à devoção passada de geração em geração.

Para difundir esta cultura o deputado Riva (PP) pretende incluir no calendário oficial do Estado, a data para comemorar em Cuiabá, o evento da Congada, uma semana após a realização em Vila Bela da Santíssima Trindade.

Em Vila Bela - primeira capital de Mato Grosso - a Dança do Congo representa a resistência dos negros que continuaram na região após a transferência da capital do Estado para Cuiabá, em 1835. Faz parte da Festa de São Benedito que ocorre sempre no mês de julho, em uma segunda feira, quando comemoram o dia do santo negro.

A Dança do Congo é a dramatização de uma luta simbólica travada entre dois reinados africanos. O Embaixador de um outro reino pede ao Rei do Congo a mão de sua filha em casamento, o Rei rejeita o pedido então o Embaixador declara guerra ao Rei do Congo. O motivo da negativa teria sido que o Rei do Congo desconfiava que o Embaixador queria fazer uma traição ao reinado, após o casamento ele tomaria o poder possivelmente matando o Rei, o Secretário e o Príncipe, ficando com a coroa. Em uma outra versão o Embaixador é o mensageiro do Rei de Bamba, que manda pedir a mão da Princesa em casamento.

Os personagens do reinado do Congo são o Rei, o Príncipe e o Secretário de Guerra; do reino adversário aparecem o Embaixador e soldados. A nobreza usa mantos, coroas e bastões coloridos e ornamentados com flores como instrumentos, o Príncipe e o Secretário de Guerra vestem também um saiote com armação de arame e um peitoral em forma de coração como escudo. Os soldados usam espadas, capacetes com pena de ema, flores e fitas, e o cantil que contém uma bebida chamada “Kanjinjim”, feita à base de cachaça, gengibre, canela, cravo e mel que serve para estimular os dançantes.

As flores na indumentária servem para reverenciar São Benedito, como os personagens não podem ficar próximos ao oratório do santo durante a dança, onde colocariam suas flores para promessa, eles arrumam um lugar no capacete, e as fitas representam o próprio oratório.

A dança ocorre pela cidade toda, onde os participantes cantam e marcham ao som do ganzá, bumbo e cavaquinho que são tocados pelos músicos-soldados. Os dançantes tem por função também proteger os festeiros que são o Rei, a Rainha, o Juiz e a Juíza que carregam objetos sagrados, e ainda as promesseiras que acompanham o cortejo levando flores em homenagem a São Benedito.

A proposta de Riva, encaminhada aos parlamentares, aguarda apreciação do governador Blairo Maggi, que tem a incubência de incluir o pedido ao calendário oficial do Estado.

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