Com uma população girando em torno de 45 mil habitantes, Pontes e Lacerda (45o km de Cuiabá), é considerado um dos municípios modelos de Mato Grosso. Sua economia está diretamente ligada a agropecuária, com destaque para a implantação da cultura da soja.O deputado Sidney Salomé (PMDB)articula novos incentivos para o município.

Diante da explosão populacional e um futuro promissor na economia, o prefeito Nelson Miura (PMDB) aguarda a segunda parte dos recursos destinados para a construção de 18 pontes de madeira na região, oriundos da secretaria Estadual de Transportes.

“A primeira parte já foi liberada e o restante deve ser liberado ainda nesta semana”, acredita Miura, que encaminhou também projetos para a construção de estradas vicinais e 50 casas populares em Pontes e Lacerda.

A viabilização dos recursos está sendo intermediada pelo deputado Sidney Salomé (PMDB).

“Estamos trabalhando para a liberação de recursos, que certamente trará grandes benefícios para Pontes e Lacerda. É uma região que tem um futuro promissor na agropecuária e necessita de estradas para o transporte”, revelou Salomé.

Baseado no desenvolvimento agrícola do município, o prefeito lançou o projeto Bosa de Arrendamento, para incentivar o plantio de soja.

“Tanto a parceria quanto o arrendamento podem ser soluções importantes para agricultores profissionais que não disponham de terras, mas tenham recursos e conhecimentos que os habilitem a produzir alimentos, fibras ou outros produtos vegetais e animais”, disse o idealizador do programa, Ivanildo do Amaral.

De acordo com as explicações de Ivanildo, estes contratos também são importantes para proprietários de terras que precisam diversificar suas atividades, introduzir culturas apropriadas à vocação de suas glebas e reformar pastagens degradadas.

“Para ambas as partes, estas associações contratuais permitem a implantação ou ampliação de empreendimentos produtivos sem a necessidade de imobilização de recursos com investimentos em terras, máquinas, equipamentos e semoventes”, ressaltou ele.

Atualmente há seis fazendeiros aderindo o projeto e a perspectiva de aumentar esse número ainda neste mês.

“O contrato de arrendamento é muito parecido com o aluguel. Um agricultor profissional arrenda uma área de terra nua, uma pastagem ou mesmo uma fazenda completa e montada, pagando ao proprietário uma quantia fixa, em reais, por tempo determinado”, justificou o prefeito.

Nelson Miura conta também com o apoio do presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PTB), e deputados estaduais e federais do PSDB, PMDB, PFL, PP e PT (através da senadora Serys Slhessarenko).

Origem

A denominação Pontes e Lacerda é relativamente recente, mas a homenagem é antiga. A origem do nome Pontes e Lacerda data de 1784, quando Antonio Pires da Cunha Pontes e Francisco José de Lacerda e Almeida, ilustres cartógrafos e astrônomos, elaboraram a primeira carta geográfica dos rios da região, partindo de Vila Bela da Santíssima Trindade, rumando para o Rio Jauru. Foram descritos, assim, os rios das bacias Amazônica e do Prata.

Antonio Pires da Cunha Pontes era mineiro, enquanto que Francisco José de Lacerda e Almeida era paulista. Ambos diplomaram-se pela Universidade de Coimbra, em Portugal. O binômio Pontes e Lacerda homenageia os astrônomos e cartógrafos.

Nos idos de 1962 foi construída a estrada que liga à Vila Bela da Santíssima Trindade. Quando a estrada foi concluída o cozinheiro da turma, sr. Manoel Basão permaneceu no local e construiu um barraco, ao qual se juntaram outros. Este ponto ficava a três quilômetros aproximadamente da Vila dos Pretos.

Esta pequena aglomeração de casas conheceu o progresso. A Lei Estadual nº 3.813, de 06 de dezembro de 1976, sancionada pelo Governador Garcia Neto, criou o distrito de Pontes e Lacerda no município de Vila Bela da Santíssima Trindade.

O município, com o nome de Pontes e Lacerda, foi criado em 29 de dezembro de 1979, através da Lei Estadual nº 4.167.

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