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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004 13h08


Savi e Bosaipo cobram<br>União sobre BR-163

Deputada Verinha Araújo informa que uma operação tapa-buraco foi feita como medida emergencial para melhorar o tráfego na região

JONAS DA SILVACECÍLIA GONÇALVES / SECR



O deputado Mauro Savi (PPS) e o deputado Humberto Bosaipo cobraram hoje do Governo Federal, via Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) e Ministério dos Transportes, uma solução imediata para os buracos e falta de tráfego na BR-163, principalmente em seu trecho mais crítico, entre Jangada e Nova Mutum (269 Km de Cuiabá), no total de 180 quilômetros.

Segundo o vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Mauro Savi, a BR-163 está hoje e desde a semana passada fechada pelos caminhoneiros porque está intransitável. Segundo o parlamentar, a região do Médio Norte, que engloba esse trecho, tem tráfego médio de 4 mil veículos por dia na rodovia.

“A emergência para resolver o problema seria fazer tapa-buraco. Mas a solução definitiva, só o asfalto e o último convênio do Governo Federal, de 2003, não teve repasse de R$ 5 milhões para o governo do Estado”, informou. “Tivemos reunião semana passada com o DNIT e não tem encaminhamento. Tem empresa de fora do Estado que tem 600 caminhões parados”, preocupa-se.

“A Assembléia Legislativa precisa sair na frente na solução dos problemas de tráfego da BR-163”, disse da tribuna o deputado Humberto Bosaipo, ao acrescentar que uma das lideranças importantes de Mato Grosso, o ex-deputado federal Ricardo Correia está em uma das diretorias do Ministério dos Transportes.

Os caminhoneiros fecharam a rodovia na semana passada e hoje na localidade da Fazenda São João, a 40 Km de Nova Mutum, sobre a ponte do rio Arinos. A rodovia tem tráfego pesado e é uma das mais importantes de Mato Grosso para o escoamento da produção das principais áreas agrícolas de Mato Grosso, com transporte de grãos, madeira, gado e calcário. Dados da Polícia Rodoviária Federal, indicam que nesta época do ano, no pico da safra, cerca de 6 mil caminhões circulam por dia no trecho entre Jangada e Nova Mutum, o que representa 70% do movimento. Na quinta-feira passada, diz o deputado Mauro Savi, um trecho fechado na ponte próxima à Fazenda São João, somou 20 quilômetros, em apenas quatro horas.

Por outro lado, a deputada Vera Araújo (PT) explicou, também em plenário, que uma operação tapa-buraco foi feita como medida emergencial para melhorar o tráfego na BR-163. A deputada informou que o reparo foi intermediado pela ação da senadora Serys Slhessarenko (PT).

Vera relatou a dificuldade de realização de outras obras em função das fortes chuvas que caem em Mato Grosso. “Em função da precariedade do asfalto, vários protestos têm acontecido naquela rodovia - prosseguiu a deputada, entre outros, o da última sexta-feira, que provocou um congestionamento de mais de 40 quilômetros de congestionamento”, afirmou.

A rodovia, que corta Mato Grosso da região Sul até ao Norte, foi construída na década de 70 do século XX e com previsão para transporte de caminhões com limite de carga de 20 toneladas. Atualmente, segundo a Polícia Rodoviária Federal, com mecanismo de bitrens, puxados por caminhões, a carga total é de 70 toneladas. Entre Cuiabá, até o Posto Gil, em Diamantino, a rodovia se sobrepõe com a BR-364.

Outro trecho crítico da BR-163 está entre o Km 500 e o Km 521, no entroncamento que vai para Alta Floresta, trevo de Nova Santa Helena. Para se ter uma idéia, dessa localidade até Sinop são 120 quilômetros. Gasta-se em média três horas para percorrer a estrada, onde caminhões e ônibus enfrentam buracos, ampliados com o peso de carga e a lama, e erosão no acostamento, conforme relatos recentes de produtores e profissionais da imprensa.

Produção

A área de maior impacto sobre a BR-163, no trecho de Jangada a Nova Mutum, reúne em seu entorno municípios produtores agrícolas de grãos, notadamente soja, algodão, pecuária bovina de corte e suinocultura. É formado pelos municípios de Diamantino, São José do Rio Claro, Nortelândia, Alto Paraguai, Arenápolis, Nova Maringá, Nova Marilândia e Santo Afonso.

O gado de corte desses municípios são transportados da região para Várzea Grande ou Rondonópolis, ou sejam, descem a BR-163. Todo o transporte de mercadorias e produção que vai para o Nortão tem como eixo a rodovia federal.

A região do Médio Norte, segundo sindicatos rurais da região e produtores, começa a colher a safra de soja precoce entre o Natal e o Ano Novo e seu escoamento se inicia em janeiro, que coincide com o período de chuva. Sem asfalto, a lama cria os atoleiros que impedem a circulação de carretas e caminhões. A colheita de soja precoce é feita nos municípios de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Tapurah, Sorriso e Santa Rita do Trivelato.

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