Com uma defasagem salarial de 300%, os servidores da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEMA) estiveram ontem (11), no Plenário da Assembléia Legislativa, para reivindicar aos parlamentares a reposição de perdas salariais da categoria. Enquanto isso, o governo oferece apenas 7,67% de reajuste salarial.

O primeiro-secretário do Legislativo Estadual, Silval Barbosa (PMDB), lembrou que os servidores já estiveram reunidos com os deputados re reivindicaram uma recomposição salarial de 93%. “Os parlamentares estão sensíveis ao pedido da categoria, acredito que a reivindicação é justa. É preciso valorizar os técnicos e os servidores da Fema, que são altamente qualificados”, disse.

Para o peemedebista, a Fema vem realizando um grande trabalho em todo o estado, principalmente na fiscalização e combate as queimadas. De acordo com Silval, a fundação também precisa de um aumento em seu quadro funcional. “Hoje, o número de funcionários que a Fema possui não é suficiente para atuar em todo o estado. A categoria está sendo sobrecarregada, com o atual quadro técnico”, destacou.

Em solidariedade aos servidores da Fema, a deputada Vera Araújo (PT) disse que a categoria ainda não foi contemplada pelo governo com o reajuste salarial. “O reajuste de 7,67% refere-se ao ano de 2003, embora estejamos concluindo 2004. A perda salarial deles é muito mais que o calculado pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor”, observou a petista.

Já o deputado Humberto Bosaipo sugeriu ao líder do governo Renê Barbour (PPS) na Assembléia e a bancada que dá sustentação ao Governador Blairo Maggi (PPS) convidar o secretário da Fema, Moacir Pires, para discutir a questão funcional dos servidores da fundação.

“O nosso papel no Parlamento é defender os pequenos, aqueles que não têm voz, que são os funcionários. É preciso que o secretário venha debater com os parlamentares e em seguida discutir a questão salarial com os funcionários”, disse.

Ao concordar com a idéia de Bosaipo, o líder do Executivo, Renê Barbour, lembrou aos funcionários e aos deputados que foi o interlocutor do reajuste salarial da categoria junto ao governo estadual. “Atuei na linha de frente. A idéia de Bosaipo é muito boa, por isso vou acatar essa sugestão e convidar Moacir Pires para dialogar com os parlamentares”. Renê afirmou ainda que o reajuste de 7,67% é pouco.

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