Dez internautas participaram hoje (16) do bate-papo com a deputada estadual Serys Slhessarenko (PT). A parlamentar respondeu perguntas acerca do pacote ético, o tema sugerido inicialmente para o debate, mas também discorreu sobre a ausência de convocações da Comissão Especial de Investigação das Obras Inacabadas, sua candidatura ao Senado Federal e ainda comentou a quantidade exorbitante de alimentos comprados pela Residência Oficial, um assunto que a imprensa regional ignora.

Serys explicou que o pacote ético é composto por cinco projetos de lei. Ela propõe o fim do pagamento de jeton, 14º e 15º salários para os deputados. “Isso é um privilégio inaceitável, imoral, mas legal.

Nunca recebi esse dinheiro. Somente com o constrangimento público é que esse assunto irá ser votado e aprovado. Mas os deputados não gostam de votar matérias polêmicas em ano eleitoral”. Outra proposta é a proibição de se contratar parentes nas três esferas de poder, para extinguir o nepotismo, outra prática considerada imoral pela deputada.

O pacote ético também pede a realização de concurso público para a escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. “Chega de colocar a raposa para tomar conta do galinheiro, como Dante fez”. Serys ainda reclama o fim da imunidade parlamentar tal qual ela está concebida hoje. “Imunidade só deve servir para resguardar opiniões e votos, não deve servir para acobertar crimes como estelionato ou homicídio”. Ela também quer o fim das votações secretas, “especialmente nas sessões para se votar os vetos”.

A parlamentar também disse estar disposta a concorrer a uma vaga no Senado Federal. “Sou pré-candidata, junto com ex-governadores, ex-ministros, ex-senadores. Será que a população ainda vota nesses caras?” A parlamentar também comentou os trabalhos da CEI das Obras Inacabadas. “Os deputados Eliene Lima, Duda Barros e Alencar Soares me tiraram a presidência dessa comissão, que foi proposta por mim. O presidente é Alencar Soares. Estamos quase na metade do prazo regimental e o presidente não convocou uma única reunião, querem abafar o caso, mas teremos novidades na próxima semana”, antecipou.

Serys aproveitou o chat para comentar o processo movido pelo Ministério Público Estadual, que tem como réus o Estado de Mato Grosso, a chefe de gabinete do governador Dante de Oliveira, a assessora da primeira dama Thelma de Oliveira, o ordenador de despesas da Casa Civil e um comerciante. Depoimentos e notas fiscais dão conta de que foram compradas quantidades absurdas de alimentos para a residência oficial. Em três meses, foram quase dez toneladas de arroz. “Consumiram 62 quilos de açúcar por dia. Se levarmos em conta que Dante é diabético, só podemos concluir que a primeira dama é um doce de pessoa. É uma pena que a imprensa regional não tenha dado atenção a este assunto”. Secretaria de Imprensa
Assessoria de gabinete
Fábio Carvalho