O mercado brasileiro para a produção e exportação do camarão de água doce apresenta grande potencial. Visto o grande consumo nos paises ricos, os Estados Unidos, Canadá e grande parte da Europa, são de longe, os maiores apreciadores da espécie cuja técnica de cultivo teve inicio no continente Asiático.

No Brasil, a cultura do camarão de água doce consegue despertar maior interesse de consumo na região Sudeste e no Distrito Federal, tendo boa aceitação em outras localidades com registro de uma atividade econômica em franca expansão. Estima-se que a produção brasileira de carcinicultura ultrapasse a casa de 50 mil toneladas em 2004.

No que depender da Assembléia Legislativa, Mato Grosso, em breve, deve passar a compor o grupo de Estados que desenvolve técnicas de cultivo para a produção em larga escala do camarão de água doce. A proposta que autoriza o Executivo a elaborar e desenvolver estudos para a produção da espécie recebeu voto favorável dos deputados e será encaminhado para sanção do governador.

Através de uma alteração a Lei 7.881, que dispõe sobre a política e controle de pesca, o deputado Silval Barbosa (PMDB), primeiro-secretário da Assembléia, está propondo a introdução do camarão de água doce na lista das espécies propicias a reprodução, criação e engorda em fazendas de cultivo de espécies aquáticas.

Para o deputado, o incentivo a reprodução da espécie em cativeiro pode gerar oportunidade para o beneficiamento da produção em favor de comunidades que tem na pesca sua principal fonte de receita. Segundo Silval Barbosa, sua proposta regulamenta procedimentos necessários para a preservação do meio ambiente no ato do licenciamento para exploração da atividade.

A preocupação do parlamentar e garantir a partir da instalação de sistemas de produção métodos que não contribuam com a degradação ambiental e que garantam a preservação da biodiversidade, a proteção da fauna e flora aquática, a conservação de recursos hídricos, a integridade das matas ciliares com manutenção da qualidade da água no que diz respeito às características físico-químicas, que não devem ultrapassar certos limites, para não alterarem as condições ecológicas do ambiente.

Além de contribuir com a preservação do meio ambiente, Silval acredita que sua proposta viabiliza incremento a economia estadual. Podendo agregar valor econômico a produção em larga escala e contribuir com o desenvolvimento de novas culturas para comunidades ribeirinhas.

“É essencial garantir ao Estado meios de competir com os demais centros produtores da espécie, tendo em vista que Mato Grosso apresenta grande potencial para desenvolvimento da atividade. Sem falar que várias comunidades pesqueiras vão poder contar com auxílio do governo para aprimorar técnicas de reprodução. Alem de que novas frentes de serviço serão geradas pelo grande produtor que poderá agregar valor comercial a cultura”, justifica Silval Barbosa.

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