O congelamento salarial, inflação e sucessivas perdas. Foram os pontos destacados pelo presidente do Sintep, Júlio César Viana, na Audiência Pública realizada na manhã desta quarta-feira, 12, no Plenário da Assembléia Legislativa.

Com galerias lotadas, Júlio César expôs pedagogicamente com gráficos as perdas enfrentadas desde 1990 pelos trabalhadores da educação. “Precisaríamos hoje que a reposição salarial fosse de 50 por cento”, esclareceu o presidente do Sintep, comparando com a crescente inflação e outras perdas.

No entanto, estão reivindicando apenas 13,41% da inflação acumulada pelo INPC/IBGE de outubro/99 a setembro /00 - retroativo a 1 de agosto de 2001. Em outubro de 2001, reposição de inflação do período de outubro/00 a setembro/01 - aproximadamente de 7,61 se considera a média dos últimos 12 meses - incidindo esse índice sobre o primeiro. Totalizando assim 22,30%. E mais, em outubro de 2002, reposição da inflação do período de outubro/01 a setembro/02, incidindo essa parcela sobre as anteriores.

“O salário deve dar dignidade ao trabalhador”, disse Júlio César. Sem querer causar nenhum constrangimento com outras profissões, mas somente para mostrar a diferença em que os professores são tratados, Júlio César revelou que enquanto um técnico administrativo da educação, de nível médio ganha apenas R$ 279,00 mensais, um servidor da área de apoio da saúde com apenas a 4a.Série recebe 360,00; um soldado R$ 760,00; cabo R$ 1.300,00; PM R$ 1.650,00 e um aluno da PM R$ 1.100,00.

“Portanto, o argumento do governo de que a reposição da nossa categoria iria comprometer a Lei de Responsabilidade Fiscal não é verdade”, alertou o professor, sempre apoiado nas planilhas sobre as perdas do poder de compra da categoria. O presidente da AL, Humberto Bosaipo(sem partido) elogiou a organização e clareza dos dados do Sintep e garantiu se empenhar para encontrar o entendimento entre categoria e governo.

Secretaria de imprensa

Assessoria de plenário

Marya Luyza e Cecília Gonçalves
Em 12/09/2001