Idealizador e presidente do Comunidade Ativa, - projeto desenvolvido com o objetivo de assistir famílias carentes do Bairro Pedra 90 em Cuiabá - Cícero Fernando dos Santos, procura amenizar as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia.

Voluntários se revezam na difícil, mas gratificante tarefa de solidariedade. Fernando, como é conhecido, passou diversas dificuldades como a maioria dos brasileiros, mas não desanimou. Sendo portador de epilepsia, doença que o impede de cumprir as rotinas laborais, reserva forças que a vida lhe dar para ajudar famílias carentes, como se fosse uma missão.

A coleta de produtos horti-fruti-grangeiros é o carro-chefe do projeto "Comunidade Ativa", que percorre as redes de distribuidoras e supermercados da capital em busca dos alimentos quando não são comercializados. O destino que seria o lixo, passa a ser o incremento na mesa das centenas de famílias cadastradas. Estes alimentos são selecionados e distribuídos sistematicamente.

Em contra-partida, algumas colaborações - média de R$ 5 - suprem, nem sempre, a maior dificuldade, que é o transporte. O frete é caro e quando acontece algum transtorno mecânico, o prejuízo tem de ser absorvido pelo Comunidade Ativa. Como a entidade não possui um veículo sequer, esforços concentrados estão sendo feitos no sentido da conquista.

Cícero Fernando acompanhado das voluntárias Lenir e Gonçalina e ainda o jovem França, relataram a façanha solidária no gabinete do Deputado José Riva, primeiro-secretário do Poder Legislativo nesta sexta-feira (05). Como testemunhas: José Wagner Coelho - presidente da Assalmat, Janete Riva - Secretária de Recursos Humanos da Assembléia Legislativa de Mato Grosso e Maria Helena Caramelo - administradora da regional leste.

Sensibilizados acordaram, com o apoio do deputado José Riva visitar o projeto, com a finalidade de encontrar alternativas para as dificuldades. A ampliação de atendimento a todos os cadastrados e regras higiênicas, acompanhando as normas exigidas por leis técnicas, também foram consideradas. Uma ação, numa espécie de SOS, ampliada será elaborada para maximizar os benefícios as famílias cadastradas.

"Quando começamos o projeto carregávamos caixas dentro de ônibus. Éramos em três no começo, e hoje precisamos mais que nunca de um veiculo para atender estas famílias", justifica Fernando ressaltando que "Não é só dos alimentos que eles precisam. Remédios, roupas e outras necessidades também são rotinas. Enfrentamos isso, todos os dias, e na medida do possível tentamos atender".

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