Funcionários e proprietários de indústrias madeireiras de Tabaporã - 643 kms ao Norte de Cuiabá - saíram em passeata pela cidade convocando comerciantes, chefes de órgãos públicos e gerentes de bancos para uma paralisação total no município. Todos aderiram ao movimento.

Bancos, órgãos públicos, comércios e prestadores de serviços fecharam as portas e devem continuar fechadas até que sejam resolvidos os problemas do setor madeireiro junto ao Ibama. Caso o órgão demore a atender as solicitações das madeireiras, inclusive a emissão de ATPF’s, a previsão de demissão é de mais de 50% dos funcionários do setor, já na próxima semana.

No comércio a crise aumenta gradativamente. Demissões e avisos prévios assustam trabalhadores de todos os setores. A base da economia é sustentada na madeira. A situação já está ficando cada vez mais complicada. O decreto de “estado de emergência” deve ser inevitável.

A greve dos servidores do Ibama terminou ontem, porém segundo informações, muitas madeireiras não compuseram os requisitos exigidos pelo órgão. O recadastramento, por exemplo, é um deles. Veja o que é necessário, de acordo com o escritório do IBAMA/Juína – município plantão, para a retirada de ATPFs (Autorização para Transportes de Produtos Florestais), de documentação, que se não for apresentada, impossibilita a licença requerida:

- Cadastro Federal; - Alvará municipal de funcionamento; - Contrato social da empresa; - Cartão de Assinatura; - Procuração e licença de operação; - Consumo anual de matéria prima; - Relação do maquinário; - Croqui de localização e coordenada geográfica; - Inscrição Estadual, CNPJ, e também documentação particular do empresário (CPF e RG).

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