Ao afirmar que as pessoas precisam se conscientizar sobre a importância dos estudos como ferramenta fundamental para enfrentar o mercado de trabalho, a secretária de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi fez um apelo ao governo federal e empresas privadas para o trabalho em parceria.

Ela disse que é preciso buscar ações que conscientizem a população aos estudos ou pelo menos cheguem até o segundo grau, para que as vagas existentes não sejam ocupadas por pessoas vindas de outros estados.

“Isso dá um reflexo negativo para Mato Grosso. Tem que ter uma mobilização com urgência”, avaliou, ao creditar o problema na gestão municipal e que a falta do ensino Médio excluiu essas pessoas do mercado de trabalho. A secretária foi entrevistada no programa Entrevista Coletiva da TV Assembléia, canal 36.

Como forma de amenizar a situação entre as diversas ações e programas implementados pela Setec, Terezinha Maggi apresentou o programa de capacitação profissional voltado para empregadas domésticas e também garçons. O projeto custa R$ 21 mil e vai capacitar grupo de 30 candidatos por vez.

A secretária pediu participação dos empresários para apoiar o projeto que, segundo ela, vai dar dignidade às pessoas menos capacitadas. “Vou lutar até o fim deste governo para promover a capacitação e inseri-las no mercado de trabalho. Hoje, as empregadas domésticas têm dificuldade em trabalhar por causa da descriminação no mercado de trabalho. Não aceito isso”, defendeu.

O objetivo do projeto é ensinar as domésticas a trabalhar com menor consumo de produtos como os de limpeza; diagnosticar o comportamento da criança, inclusive na questão das drogas; como evitar incêndio dentro de casa. Na programação do curso consta também treinamento culinário como, por exemplo, na preparação de pães e carnes.

A secretária disse que por ser uma pasta que depende de recursos do governo federal, a implementação dos programas se torna difícil. Dos governos anteriores a Setec podia contar com o repasse de R$ 9 milhões, somando um total de R$ 36 milhões para os quatro anos de governo.

No entanto, em 2003, segundo ela, a pasta recebeu apenas R$ 4 milhões e mesmo assim, conseguiu capacitar cerca de 20 mil pessoas. Atualmente o governo federal repassou apenas R$ 1 milhão. “É uma falta de respeito com Mato Grosso”, afirmou, ao acrescentar que enquanto isso acontece, as ONGs levam mais vantagens e “o governador Blairo Maggi e iniciativa privada não vão dar conta sozinhos”.

Durante o programa, a secretária comentou também sobre o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged); programas Procon vai a escola e Meu Lar; Ganha tempo, ente outros assuntos relacionados à pasta. O Entrevista Coletiva será reprisado amanhã (21), às 11 e 19 hs.

Mais informações:
Secretaria de Imprensa da Assembléia Legislativa
Fones: 613-2553/ 613-2597/ 9982-0261

---