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Segunda-feira, 20 de julho de 2020 14h30


A VERBA MAIOR FOI PARA DIRETORIA

​​​​​​​Ulysses Moraes: "é triste ver os profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19 não sendo reconhecidos"

​​​​​​​O parlamentar ainda deixou claro que a demanda desse projeto foi de iniciativa dos deputados estaduais e não do Executivo

Fernanda Trindade / Gabinete do deputado Ulysses Moraes



Foto: ANGELO VARELA / ALMT

O deputado Ulysses Moraes apoiou a aprovação do Projeto de Lei Complementar 39/2020, que dá auxílio aos servidores da saúde de Mato Grosso, mas deixou claro o seu pesar, porque a maior verba foi aprovada para a diretoria dos hospitais e não para os profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19.  O parlamentar ainda destacou que é triste que o governo de Mato Grosso mais uma vez dê privilégios aos seus próximos e não para aqueles que estão correndo risco de vida com o vírus.

“Deixo meu pesar àqueles que estão à frente do combate e que estão sendo menos reconhecidos. Estamos falando daqueles que estão sendo literalmente expostos ao vírus,  que estão sendo mais afastados e que estão colocando suas vidas e famílias em risco para salvar a vida do outro. Até quando o governador vai governar apenas para o seu grupo? Quando vai começar a governar de fato para o cidadão de Mato Grosso?”, disse Moraes.

O PLC 39/2020 institui a verba extraordinária de combate à Covid-19 aos profissionais da saúde. Esse benefício será pago mensalmente pelo restante do prazo que perdurar o estado de calamidade pública. Contudo, o deputado ressalta que a conquista desse projeto se deve aos deputados estaduais e não ao governo do estado, porque isso foi uma demanda que o Parlamento levou ao Executivo.

Entretanto, a proposta que veio do governo de Mato Grosso institui verbas maiores aos cargos de diretoria. O assessor chefe e diretor geral terão uma indenização mensal em R$ 2100. O superintendente administrativo e financeiro com indenização mensal de R$ 1100, o assessor técnico de direção com indenização de R$ 1700 e o coordenador com R$ 2250 mensais. Já os demais servidores da área da saúde terão uma indenização de apenas R$ 500. 

“Queria saber se quem está recebendo mais é quem está correndo mais risco? Esse projeto é fundamental, mas por que alguns recebem mais do que outros? Será mesmo que esses assessores chefes, que estão recebendo mais do que os servidores da área da saúde, estão correndo mais riscos?”, criticou o parlamentar.

Durante a sessão extraordinária da última quinta-feira (16), o deputado ainda lembrou que o governador chegou a dar aumento de verbas, durante a pandemia, para mais de 1700 comissionados do governo de Mato Grosso que têm função de confiança. “ E agora, no momento de prestigiar as pessoas da saúde, não tem caixa. Onde está o dinheiro da Covid, governador?”, questionou Moraes.

O parlamentar votou a favor do PLC para que não tivesse mais demora, porém deixou claro que é triste ver que os profissionais que estão na linha de frente não estão sendo reconhecidos com o mesmo reconhecimento dado aos diretores.

“Esse governo é elitista e está prestigiando apenas os seus amigos, os seus próximos. Isso é uma irresponsabilidade e insensibilidade muito grande. Esse governador não está lidando da maneira que devia com a saúde de Mato Grosso e não está reconhecendo aqueles profissionais que estão na linha de frente do combate. Fico triste por esse não ser um governo do cidadão e que utilize essa pandemia até para beneficiar seus pares”, finalizou Ulysses Moraes.


Gabinete do deputado Ulysses Moraes