A União dos Municípios do Alto Tapajós (UMAT) – formada por prefeitos da região norte de Mato Grosso, foi recebida pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB), na manhã desta quarta-feira (8), para pedir apoio a uma série de reivindicações.

Entre os questionamentos, a paralisação do Ibama que prejudica o setor madeireiro – responsável por 70% da economia local, pode ocasionar demissão em massa. Silval informou que vai pedir esclarecimentos aos secretários de Estado, da Saúde, Marcos Machado, de Projetos Estratégicos, Clóves Vettorato e da Sinfra, Luiz Antônio Pagot.

“Os secretários precisam nos passar o quadro real de toda a situação”. Ele também agendou uma audiência com o interventor do Ibama, Elielson Ayres de Souza para saber como vai funcionar a entidade. As reuniões devem acontecer na próxima semana. “Queremos saber como fica a situação do Ibama, das empresas que trabalham na legalidade e se o órgão vai permanecer fechado”.

Para o prefeito de Nova Monte Verde, Valdir Barranco (PT) o intermédio do Legislativo Estadual agiliza a efetivação dos pedidos. “Recorremos à Assembléia para que nossas reivindicações sejam fortalecidas. Esperamos que na próxima semana tenhamos respostas imediatas”.

A UMAT é composta pelos municípios de Carlinda, Apiacás, Nova Bandeirantes, Paranaíta, Alta Floresta e Nova Monte Verde. O prefeito de Paranaíta, Pedro de Alcântara (PPS) explicou que as cidades do nortão de Mato Grosso têm as mesmas prioridades. “Por meio da União fortalecemos ainda mais nossos pedidos junto ao Legislativo e Executivo”.

Em audiência com o governador, o primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP) definiu a mobilização dos prefeitos como importante e reafirmou apoio do Legislativo. O parlamentar explicou que essa é uma ação enérgica porque a paralisação dos madeireiros pode prejudicar os cerca de 12 mil empregos.

No documento entregue ao governador, ontem (7), os prefeitos solicitam a facilitação e agilidade na liberação dos convênios nas áreas da saúde, pró-reforma e transporte escolar. Também solicitam a intercessão estadual junto aos órgãos do Ibama e Fema visando a liberação do setor madeireiro para o exercício normal de suas funções. Eles justificam que as conseqüências geradas pela paralisação das atividades desses órgãos provocaram desemprego na região.

A UMAT pede ainda a liberalização de recursos para a compra de combustível utilizado na recuperação e manutenção das MTs 160, 206, 208, 325, 010, 417 e 419. Além disso, a região necessita da concessão da patrulha rodoviária e pavimentação da MT 206.

O prefeito de Carlinda, Orodovaldo Antônio de Miranda (PV) disse que o repasse estadual não atende as necessidades dos municípios. “Temos uma série de compromissos com a população e não temos recursos suficientes para arcar com todas as despesas”. Ele disse também que as dificuldades tendem a aumentar caso as questões do Ibama e da Fema não sejam resolvidas com rapidez.

“O setor madeireiro está parado. A nossa economia também será paralisada. Por isso, é preciso que os poderes agilizem os levantamentos necessários para que as atividades voltem ao normal”, disse a prefeita de Apiacás, Silda Kochemborger (PTB).

O líder do governo na Casa, deputado Mauro Savi (PPS) declarou que os parlamentares vão participar de todas as negociações para que juntos possam encontrar soluções para atender os pedidos dos administradores municipais. “O governador reafirmou disposição para resolver os impasses e prometeu checar in loco as prioridades da região norte ainda neste mês”, afirmou o deputado Robson Silva (PP).

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