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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quinta-feira, 14 de julho de 2005 12h03


A DEPUTADA VERA ARAúJO, DO PT, VAI REIVINDICAR QUE O EXECUTIVO UTILIZE RECURSOS DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE (IRRF) PARA GARANTIR O REAJUSTE DE 16,36% QUE ESTá SENDO REIVINDICADO PELO SINTEP. A PARTIR DAS 15H30, A RECOMPOSIçãO SALARIAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAçãO PúBLICA ESTARá EM DEBATE NA...

Vera aponta fonte de recursos para reajuste

Deputada quer que governo use recursos do IR para recompor salários da Educação

SÉRGIO FERNANDES / ASSESSORIA DE GABINETE



A deputada Vera Araújo, do PT, vai reivindicar que o Executivo utilize recursos do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para garantir o reajuste de 16,36% que está sendo reivindicado pelo Sintep. A partir das 15h30, a recomposição salarial dos profissionais da educação pública estará em debate na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), durante reunião do Fórum Estadual de Educação. Vera representa no Fórum a Comissão de Educação da Assembléia Legislativa.

De acordo com a deputada, existem recursos do IRRF suficientes para se garantir o reajuste pretendido e que deveriam ser utilizados na educação, mas estes estão sendo desviados pelo Executivo em outras finalidades, com base num acórdão do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A Sintep também alega a existência de recursos desta fonte.

Conforme Vera, a contabilização de recursos de impostos para a base de cálculo das verbas vinculadas à manutenção e desenvolvimento do ensino está bem clara na Constituição Federal. O acórdão feito pelo TCE, desobrigando o Estado a vincular as verbas do IRRF para a educação, foi feito a partir de uma consulta do governador Blairo Maggi.

A deputada Vera e o deputado Carlos Carlão Nascimento (PSDB) discordaram de imediato deste acórdão e, no início de abril, requereram ao Ministério Público (MP) a instauração de um inquérito civil e propositura de Ação Civil Pública, acompanhada de medida cautelar contra a medida. A Promotoria de Interesses Difusos e Coletivos do MP ainda não se pronunciou sobre o requerimento.

Os dois parlamentares alertam que, com esta não vinculação do IRRF, a perda de recursos está sendo considerável, não apenas para a educação, mas também para as ações e serviços de saúde; para o ensino estadual superior e para o amparo à pesquisa. “Não podemos concordar com este acórdão do TCE, pois o IRRF é um imposto como outro qualquer e como tal deveria ter uma parcela retida para esses serviços”, reclama Vera.

Os dois deputados calcularam as seguintes perdas, tomando como base a arrecadação do IRRF em 2003, que foi de 138,2 milhões de reais: Educação – 34.5 milhões; Saúde – 16.5 milhões; Unemat – R$ 1.3 milhão e Fapemat – R$ 2.7 milhões (fonte: Balanço Geral do Estado).

Vera lembra que, na recente prestação de contas da execução fiscal do primeiro quadrimestre deste ano, o Executivo informou ter excedido em 46% a meta prevista de arrecadação do imposto, de 36 para 53 milhões de reais. “25% destes recursos deveriam ter sido aplicados na educação, saúde, pesquisa e ensino superior”, lembra a deputada.

Na reunião do Fórum, Vera vai cobrar também a situação de aposentados da educação pública que tiveram retido um adicional de fim de carreira, sem direito à defesa. Segundo a deputada, o corte foi feito também sem base legal.

O Fórum Estadual de Educação é integrado pelas seguintes entidades: Seduc, Conselho Estadual de Educação, Associação Mato-grossense dos Estudantes, Sintep, União dos Dirigentes Municipais de Educação e a Comissão de Educação da AL.

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