Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Brasão

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002 00h00


VERTICALIZAçãO DIVIDE DEPUTADOS

Verticalização divide deputados

A decisão do STE muda o quadro político em Mato Grosso

MARIA LUIZA / ALMT



“Atentado contra a democracia”. Essa foi a reação do deputado Zé Carlos do Pátio, PMDB, sobre a decisão do STE que aprovou por cinco votos a dois a verticalização das coligações, ou seja os estados terão que respeitar as coligações feitas no âmbito federal, por entender que as regras foram mudadas de maneira casuística para atender aos interesses da cúpula. O parlamentar sugeriu uma Adin - Ação Direta de Inconstitucionalidade pela Assembléia Legislativa. Para o deputado Silval Barbosa, PMDB, com essa decisão o processo eleitoral em Mato Grosso fica zerado, “o PMDB esteve cauteloso até o momento e a partir de agora vai começar a discutir o processo eleitoral de acordo com o novo momento”.

Carlos Brito, deputado do PPS, entende que isso cheira manobra e com essa decisão do STE apenas se inicia uma nova discussão, entretanto os patrocinadores desse processo com certeza estão comemorando a decisão, mas se esqueceram de um detalhe importante, o pacto com o povo, “cuidaram apenas de mudar o quadro desconfortável que se anuncia para a candidatura posta pelo governo”.

O presidente da Casa, deputado Humberto Bosaipo, PL, diz que essa é mais uma jogada extraordinária do presidente Fernando Henrique Cardoso como no processo da reeleição e tentou minimizar as reações mais exaltadas no parlamento com a certeza de inúmeros recursos ao STF, última instância para decidir “embora nesse momento os partidos mais beneficiados sejam o PSDB, PFL e PMDB”.

Correndo na contra mão, o deputado Pedro Satélite, PSDB, acredita que a verticalização é benéfica porque o partido vai ter um discurso homogêneo tanto na esfera federal como também na estadual “em Brasília o PMDB apóia o governo Fernando Henrique e, em Cuiabá o partido é oposição, fica incoerente”. O deputado Nico Baracat, PSB, afirmou que o processo democrático começa a ser cerceado como na época da ditadura e, “caso essa decisão não seja revogada não haverá eleição, mas uma baderna e os prejuízos atingirão todos os partidos e me parece que a intenção é tirar do páreo os pequenos partidos”.

Gilney Viana, do PT, analisou sobre dois aspectos - uma decisão preliminar sujeita a recurso e, por outro lado o desmonte dos partidos sem consistência ideológica, que maquiavam seus candidatos através de coligações, “sem mostrar a cara”. Gilney entende que o PT terá poucos prejuízos caso persista essa mudança nas regras do jogo, “sempre estamos sozinhos”. Joaquim Sucena, PFL, está confiante de que as coligações serão feitas mais em função das candidaturas e não das siglas partidárias”.

Secretaria de Imprensa
Assessoria de Plenário
Maria Luiza e Cecília Gonçalves


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: imprensa1al@gmail.com