Sereno, paciente, mas firme no trato da vida, inclusive dos obstáculos, assim era o ex-vereador de Nossa senhora do Livramento, Gonçalo Rodrigues do Prado. A afirmativa, em tom de respeito, homenagem e saudades partiu do deputado Zeca D’Ávila (PFL) ao companheiro de militância política por décadas, falecido no último dia 24 de fevereiro.

O reconhecimento do parlamentar pelos serviços prestados e pelo exemplo deixado por “Gonçalinho veterinário” como era conhecido, foi sacramentado em Moção de Pesar destinada à família Prado e aprovada pelos 24 deputados que compõem a Assembléia Legislativa de Mato Grosso.

Gonçalo viveu sua infância no Sítio Estiva de onde saiu para servir ao Exército Nacional. Depois regressou e atuou na política sendo vereador por três mandatos. Foi membro do Diretório Municipal do PSD, da Arena, do PDS e, finalmente filiou-se ao PFL onde permaneceu até a sua morte. Foi servidor do Ministério da Agricultura, onde ocupou por longos anos a função de vacinador, que lhe proporcionou a alcunha de “veterinário”.

Para o deputado Zeca D’Avila, “sua vida se eternizou no coração dos que com ele conviveu pela simplicidade, disponibilidade em servir. Pela forma relevante de fazer amigos e por uma vida na qual jamais fechou as portas de sua casa para os humildes e mais carentes”, disse, acrescentando que “ele trilhou o caminho do bem, da honradez e deixa uma imagem de homem justo e honesto de marido e pai exemplar, de um homem corajoso que jamais fugiu da luta”.

Nascido em 10 de junho de 1922, em Nossa Senhora do Livramento, Gonçalo Prado era filho de Antônio Francisco Rodrigues do Prado e de Josefa Honorata da Costa Prado. Teve dez irmãos, Ana Maria, Catarina, Eunice, Vicente, Pedro, José, Benedito, Maria do Carmo, Manoel e Rosa.

Casou-se em 1955 com Terezinha de Miranda Prado com quem teve sete filhos: José Marcelo, Enoizes, Luiz Mário, Emílio César, Diana Rita, Maria Éster e Evanira Carmem.

Gonçalo do Prado era católico fervoroso e mesmo no final dos tempos, doente e abatido costumava se dirigir aos familiares demonstrando humildade e reconhecimento a Deus, dizendo: “vivi muito e sempre fui abençoada por Deus e por Nossa senhora do Livramento, e nunca me faltou nada”.

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