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Quinta-feira, 8 de maio de 2003 19h50


Zeca pede normatização de transgênicos, já em uso

Secretário Homero defende plantio para Estado ter opção de produtos transgênicos e competir no mercado

SECRETARIA DE IMPRENSA / ALMT



Durante discussão na Audiência Pública hoje (8) sobre transgênicos, o deputado estadual Zeca D´Ávila (PFL) pediu legislação para regularizar o uso que a população já estaria fazendo dos produtos com os organismos geneticamente modificados. A audiência foi solicitada por Zeca, vice-presidente da Comissão de Agropecuária, Indústria e Comércio da Assembléia Legislativa e realizada na sede da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato).

“O que precisa mesmo é a normatização, porque já estamos consumindo os transgênicos em outros produtos”, afirmou Zeca D´Ávila, ao acrescentar que com esses produtos identificados no mercado a população poderá optar por melhores preços. O parlamentar deu vazão à idéia do Projeto de Lei do primeiro-secretário, Silval Barbosa (PMDB), que determina a rotulagem de produtos transgênicos, em tramitação na Assembléia Legislativa.

“Acredito que o Congresso Nacional determinará com rapidez essa posição, porque o plantio é uma realidade e não vamos ser ilegais plantando antes que a normatização chegue”, contestou o parlamentar.

A Audiência pública contou com a presença de profissionais renomados no mercado como da engenheira agrônoma e pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Vânia Moda Cirino, o coordenador do EIR Alerta Científico e Ambiental do Rio de Janeiro, Nelder Costa, a secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Flávia Barros Nogueira; o secretário de Desenvolvimento Rural, vice-presidente da Famato e superintendente do Senar, Homero Alves Pereira, e dos deputados J. Barreto (PL), que fez a abertura do evento, Eliene Lima (PSB), e Zeca D´Ávila, que presidiu a audiência.

Para a pesquisadora da Iapar, Vânia Cirino, é importante que o plantio comercial da soja geneticamente modificada, ou originada do Glifozat denominada GTS40-32, que é a soja dos Estados Unidos e que deu origem a outras variedades, tenha acompanhamento das lavouras num período de cinco anos.

“Precisamos acompanhar os impactos ambientais que esses organismos geneticamente modificados possam causar tanto para a saúde humana, animal e ambiental quanto na biodiversidade”, destacou Vânia Moda, que esteve representando o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Plesmam de Camargo.

Conforme Vânia, o plantio ilegal desses produtos no Brasil fez com que as pesquisas fossem suspensas. Ela acredita que o Brasil tem grande capacidade e profissionais altamente preparados para trabalhar nesse segmento. “Embora exista a necessidade de utilizar critérios rigorosos nas liberações planejadas de pesquisas”, observou.

Para Homero Pereira, é preciso que o país invista nos transgênicos para competir no mercado. “Se Mato Grosso é o maior produtor de soja orgânica, então porque não se tornar o maior em soja trangênica?”, propôs. Ele acredita com respaldo científico, os produtos modificados darão mais opção ao consumidor na ora de comprar.

Segundo a pesquisadora Vânia Moda, atualmente existe no mundo 52 milhões de hectares desses produtos plantados. “Isso se deve à nova fronteira que se abriu na ciência, que possibilitou o aumento da produção”, disse, ao acrescentar que com os transgênicos, o agricultor passou a utilizar menos herbicidas e inseticidas nas lavouras.

O deputado Zeca D´Ávila assegurou que o Legislativo irá abordar o assunto em nível regional e acredita ser viável o cultivo desses produtos. “A Organização Mundial da Saúde é favorável, portanto não vejo o porque de ficarmos nessa emblemática dos transgênicos”, argumetnou.

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