Deputado Sebastião Rezende (Foto: JLSiqueira/ALMT)

O deputado Sebastião Rezende (PSC) apresentou projeto de lei que obriga os bancos de sangue ou hemocentros a realizarem o teste do vírus do Zika nos doadores e, caso diagnosticado por critério clínico ou laboratorial, não poderão doar sangue por 60 dias.

A proposta tem caráter preventivo e segue orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomendou preliminarmente os serviços de transfusão de sangue em regiões afetadas pelo zika vírus, dentre elas, o Brasil.

Além de sugerir que doadores com sintomas de infecção pelo vírus, apresentados nos últimos 28 dias não façam a coleta do material, a OMS propõe um monitoramento de 14 dias entre os que efetivarem a doação por estarem em boas condições de saúde. Se, nesse período, eles não apresentarem qualquer sinal da doença, o sangue deverá ser liberado para transfusão.

Apesar de a principal forma de transmissão do zika vírus ser através do mosquito do Aedes aegypti, existem estudos que apontam que a doença pode ser passada de outras quatro maneiras, sendo elas, transmissão sexual, transmissão pelo líquido amniótico, leite materno e pela transfusão de sangue.

“Ainda não se sabe exatamente quais são as chances de que esses tipos de contaminações aconteçam, pois os estudos sobre o zika vírus ainda estão em andamento”, explica o parlamentar. Uma pesquisa publicada no “The Journal of Infectious Diseases” mostrou que a taxa de transmissão de dengue por transfusão sanguínea é de 37,5%.

Além disso, dois casos de transmissão da infecção por meio de transfusões sanguíneas foram relatados no fim de 2015 na região de Campinas (SP).

Em 2016 foram registrados cerca de 25 mil casos de zika em Mato Grosso, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos.