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Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017 10h50


TRATAMENTO

Rezende indica que governo envie recurso para comunidades terapêuticas

Verba de subvenção deverá ser disponibilizada para todas as comunidades terapêuticas devidamente cadastrados na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social

MARIA NASCIMENTO TEZOLIN / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Dep. Sebastião Rezende indica recursos para comunidades terapêuticas em MT (Foto: Marcos Lopes/ALMT)

Em nosso estado, existem dezenas de comunidades terapêuticas, muitas desconhecidas pelo poder público, mas que têm dado uma contribuição inestimável às famílias mato-grossenses que vivem o drama da dependência química. Essas instituições são responsáveis por grande parte do atendimento aos dependentes químicos em Mato Grosso, com inúmeras experiências bem-sucedidas. 

Pensando nisso, o deputado estadual Sebastião Rezende (PSC) apresentou uma indicação ao governador do estado, José Pedro Gonçalves Taques, com cópia ao secretário de Estado de Assistência Social, Max Russi, mostrando a urgente e imprescindível necessidade de se adotar providências que culminem na transferência de verba de subvenção a todas as comunidades terapêuticas de tratamento de dependentes químicos que estejam devidamente cadastradas na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social.  A meta é que essas casas possam utilizar esse recurso para custear parte de suas necessidades.

“Sabemos que a luta contra as drogas não é uma missão simples, pelo contrário, trata-se de uma tarefa complexa, repleta de obstáculos e desafios e, neste contexto, o papel das comunidades terapêuticas tem sido fundamental, pois, mesmo com poucos recursos, vêm desenvolvendo um trabalho extraordinário de recuperação dos dependentes químicos”, citou Rezende ao justificar sua indicação.

CST - Rezende sugeriu e a Assembleia Legislativa instalou, em 2016, uma câmara setorial temática (CST) para identificar e debater a problemática da dependência química no estado. De acordo com ele, os trabalhos já evidenciaram que essas comunidades passam por muitas necessidades e que, na grande maioria das vezes, atuam de forma filantrópica e sem fins lucrativos.  

“Cremos que é necessário que o poder público promova ações de apoio a este trabalho, para que possa ser ampliado, fortalecido, e que possa alcançar mais famílias que sofrem com os reflexos de consumo de drogas por seus entes. É de fundamental importância que estas instituições, desde que cadastradas junto à Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social, tenham transferência de verbas de subvenção, que garantam condições mais adequadas para desenvolver suas ações”, defende Rezende.

Doença - A dependência química foi diagnosticada como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ela é doença física, emocional e espiritual e afeta, em média, sete pessoas do entorno do dependente, seja no ambiente familiar, de trabalho e até de lazer. Um levantamento realizado em 2013 pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e que avaliou o impacto da convivência com usuário de drogas, mostrou que, naquele ano, 28 milhões de pessoas viviam no Brasil com um dependente químico.

Entre os parentes entrevistados, as mulheres são a grande maioria (80%), sendo que 46% delas são as mães dos dependentes químicos. Mais da metade delas (66%), são responsáveis pelo tratamento. Essas mães também são consideradas chefes da família, fazendo com que, além da sobrecarga de cuidar do filho usuário de drogas, cuidem dos outros membros da casa. O levantamento revelou ainda que mais da metade (57,6%) das famílias tem outro parente usuário de drogas. Os entrevistados, no entanto, avaliaram que as más companhias (46,8%) e a autoestima baixa (26,1%) foram os fatores de risco mais relevantes que levaram ao uso.


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