Quinta-feira, 8 de novembro de 2012 20h03
Dilmar pede levantamento de débitos governamentais com a saúde
RAPHAELLA PADILHA / ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Widson Maradona |
Dep. Dilmar Dal Bosco -DEM |
Os municípios distantes da capital são os mais prejudicados com o caos no sistema público de saúde, situação intensificada com a falta de repasse do Executivo às unidades médicas. Diante da ameaça de paralisação de todos os atendimentos do Hospital Regional de Água Boa, o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM) apresentou requerimento solicitando informações sobre o valor total da dívida governamental junto à unidade, discriminando o montante pago em 2012 e a previsão da quitação do saldo devedor.
Dilmar pontuou que o hospital de Água Boa, única referência pública para os municípios da região nordeste de Mato Grosso (Araguaia), suspendeu as consultas médicas e a realização de exames seletivos, mantendo apenas os atendimentos de urgência e emergência, que também já estão sob ameaça de paralisação caso não haja imediato pagamento do Executivo. A publicidade da dívida pública, na avaliação do deputado democrata, possibilitará maior pressão por parte do Parlamento e até mesmo agilidade em caso de ações judiciais, já que segundo ele, existe uma disparidade entre os valores apontados pelo Executivo e os demonstrados pelas administrações municipais.
“Os repasses por parte das prefeituras estão rigorosamente em dia com o hospital, por isso ele ainda está em funcionamento, mas a arrecadação dessas cidades é pequena, ficando impossível manter a estrutura em funcionamento sem os repasses governamentais”, argumenta.
Dal’Bosco justificou que o caos é iminente, fato que motivou o Ministério Público Estadual a ingressar com uma ação civil pública contra o governo para garantir o pagamento das verbas da saúde às 10 cidades que compõem o Consórcio Municipal do Médio Araguaia, gestor do Hospital Regional de Água Boa.
“Mesmo com a ação do Ministério Público o Executivo ainda não efetivou os repasses, o que pode motivar uma greve geral dos médicos no Estado, pois a saúde encontra-se em ‘estágio terminal’ e o atendimento é restrito e tem deixado a população a mercê da sorte”, lamentou.
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