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Segunda-feira, 5 de novembro de 2012 09h56


Dilmar reconhece que AL errou ao alterar a Lei da Pesca

RAPHAELLA PADILHA / ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO



Demostenes Milhomem/ALMT
Audiência Publica para Discutir lei da Pesca em S.Felix do Araguaia
 

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal’ Bosco (DEM), reconheceu, durante audiência pública realizada no município de São Félix de Araguaia, que o Legislativo Mato-grossense errou ao aprovar a Lei 9.794/2012 – que normatiza a atividade pesqueira no estado - sem antes ouvir a sociedade. “A Assembleia errou ao aceitar a forma impositiva como a proposta foi apresentada, mas foi suficientemente corajosa para voltar atrás, suspender os efeitos legais e debater seus reflexos com os ribeirinhos, num ato de extrema humildade”, ressaltou Dilmar.

 O desabafo de Dal’Bosco aconteceu durante a 10º audiência pública realizada pelo Parlamento para debater os efeitos da Lei 9.794/2012, de autoria do deputado Zeca Vianna (PDT), e que altera dispositivos da Lei nº9.096/2009, estabelecendo, entre outras coisas, a proibição da pesca amadora pelo período de três anos nos rios mato-grossense; proibindo a captura de espécies como o Dourado e Piraíba; reduzindo de 150 kg para 100kg quota semanal dos pescadores profissionais.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente afirmou que cobrou do governador Silval Barbosa (PMDB), durante reunião realizada na última terça-feira (30.10), a revogação da Lei 9.794/2012 e a implantação do Conselho Estadual da Pesca (Cepesca). Outra reivindicação encaminhada por Dal’Bosco ao Executivo, é quanto a captação de recursos junto ao Ministério da Pesca, para implantação de projetos que aumentem a renda do pescadores mato-grossenses, citando como exemplo a implantação de um consórcio para criação do pirarucu em cativeiro e de laboratório de alevinos para as diferentes bacias existentes em Mato Grosso.

IMPACTO NEGATIVO - Na avaliação do prefeito de São Félix do Araguaia, Filemon Limoeiro (PSD) se mantida do jeito que está, a Lei da Pesca causará um problema social muito grande no município, que tem 80% de sua economia baseada na atividade pesqueira. “Nós vamos ter que fechar muitas pousadas, lojas, mercados, sem contar com a situação de miséria em que vão ficar nossos pescadores. Temos observado que o Governo de Mato Grosso está preocupado apenas em criar leis, sem observar seus impactos sociais”, questionou o gestor.

A presidente da Colônia de Pescadores Z7, Maria das Graças Alves, cobrou maior presença e qualificação dos fiscais da Sema nos rios da bacia do Araguaia. Segundo ela, o maior fator de redução do estoque pesqueiro deve-se a pesca predatória, que ocorre sem nenhum controle na região. “Nós, pescadores, não queremos matar nossa galinha dos ovos de ouro, nossa sobrevivência. O governo precisa fiscalizar melhor, pois daqui saem barcaças carregadas de peixes com destino à Belém, sem nenhum controle da Sema, que se encontra em Vila Rica”, disse.

“Essa classe é muito sofrida e a lei está prejudicando cada pai de família, porque pescador só tem duas coisas na vida: o dia para passar fome e a noite para sonhar com ela... Eu vim de Santa Terezinha com uma ‘voadeira’ e o motor do meu barco ‘tirei’ com financiamento do Pronaf. Será que eu vou conseguir pagá-lo com apenas 100 kg de peixe por semana?” desabafou, emocionado, o pescador Marenildo Alves Silva, presidente da Colônia Z19, que abriga os municípios de Vila Rica, Porto Alegre do Norte, Santa Terezinha, Confresa, Canabrava do Norte e Santa Cruz do Xingu.

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